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Economia

Milho, soja e sorgo ampliam projeção de safra do país, estimada em 336 mi de toneladas

Crescimento em relação à safra anterior de grãos no Brasil é de 13%, indica Conab

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com | Atualizada às 10h04

12/06/2025 - 09:08

Fotos: Adobe Stock
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira, 12, o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025. A projeção é de uma safra de 336,1 milhões de toneladas. Se as previsões se confirmarem, o aumento em relação à safra passada será da ordem de 13%, considerada uma safra recorde.

“Nós teremos a maior safra de grãos da história do Brasil, será nesta safra 2024/2025”, destacou o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Em comparação ao levantamento anterior, há um incremento de 3,1 milhões de toneladas. Entre os produtos que tiveram revisão para cima e auxiliaram no aumento da projeção estão o milho (+1,4 milhão de toneladas em relação ao 8º levantamento), a soja (+1,3 milhão de toneladas) e o sorgo (+502,2 mil toneladas). 

Quanto à área cultivada, o levantamento aponta um crescimento de 2,3% em relação à safra passada, estimada em 81,8 milhões de hectares. Já a expectativa de produtividade ao final da atual temporada é de 4.108 quilos por hectare, um aumento de 10,4% na comparação com a safra 2023/2024. 

Confira as estimativas para as principais culturas:

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Soja — Com a colheita praticamente concluída (99,8% da área), a Conab projeta que a safra da oleaginosa deve chegar a 169,6 milhões de toneladas (+14,8%). O resultado representa safra recorde. Algumas áreas pontuais no Maranhão e Pará ainda estão colhendo, além de que Alagoas, Roraima e Tocantins ainda devem realizar plantio. 

Milho — A projeção para o grão é de uma safra chegando a 128,2 milhões de toneladas, 11% maior do que o observado no ciclo passado. Neste levantamento, o destaque é o início da colheita do milho segunda safra. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná começaram os trabalhos. 

Sorgo — Destaque neste levantamento, o sorgo deve registrar um aumento de produção de 23,1% e chegar a 5,44 milhões de toneladas. Isso é reflexo de um aumento na área plantada (+9,4%) e na produtividade (+12,5%). A estimativa indica que o Brasil deve plantar 1,59 milhões de hectares e colher em média 3.413 quilos de sorgo por hectare. 

Arroz — O cereal deve chegar a 12,1 milhões de toneladas (+14,9%). Segundo a estatal, os principais estados produtores já estão concluindo a colheita, restando algumas áreas pontuais. Os preços do arroz provocado pela oferta elevada preocupa os produtores. Por isso, o presidente da Conab voltou a falar sobre as medidas que o governo está estudando para retirar parte desse excedente de produção.  

“Ficou estabelecido que o governo tem intenção de fazer novas compras. Queremos ter um estoque robusto de arroz. Queremos comprar mais porque, neste momento, é o produtor quem está precisando de uma ação do governo”, comentou Pretto. 

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Feijão — Neste levantamento, há uma revisão para baixo na produção nacional de feijão, que deve somar a 3,17 milhões de toneladas (-0,8%). No levantamento passado, a expectativa era de que a produção chegasse a 3,2 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, essa redução é motivada por uma diminuição da área plantada, principalmente, na segunda safra. Ao todo, a estimativa é de 2,78 milhões de hectares (-2,6%). 

Algodão — A projeção também indica uma safra recorde para o algodão, com 3,912 milhões de toneladas no atual ciclo (+5,7%). A área plantada deve alcançar 2,08 milhões de hectares (+7,1%). No entanto, a produtividade média estimada deve cair 1,2%, chegando a 1.880 quilos por hectare. 

Trigo — Em relação ao levantamento passado, a Conab ampliou a queda na área plantada, que no mês passado era estimada em 2,69 milhões de hectares e neste mês passou para 2,67 milhões de hectares (-12,6%). Isso também levou a um ajuste na produção na comparação com o levantamento anterior. A expectativa é ainda de uma safra maior do que a passada, chegando a 8,19 milhões de toneladas (+3,8%), mas menor do que o estimado em maio, que era de 8,3 milhões de toneladas. A produtividade deve ser de 3.066 quilos por hectare (+18,9%).

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