Economia
Mapa nega que suspensão de exportações de carne de frango seja para todo o RS
Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Filipinas têm restrições regionalizadas

Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com
16/05/2025 - 17:35

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) explicou em nota que nem todas as exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul estão suspensas. Segundo a pasta, “não há restrição generalizada da exportação de produtos de aves do Rio Grande do Sul”.
O ministério informou que vem buscando mudar protocolos sanitários para que os países importadores “reconheçam o princípio de regionalização”. Basicamente, as restrições das exportações ficam limitadas a produtos avícolas em um raio de 10 quilômetros da área onde o foco foi detectado.
“Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo, que possui dimensões continentais com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, com longas distâncias e deslocamentos, reiteramos a importância de se reconhecer a regionalização para o caso”, indicou o Mapa.
A nota ainda pontua que há diferentes tipos de regionalização reconhecidos pelos parceiros comerciais. Por exemplo, alguns entendem que essa área é apenas o município do foco, outros já ampliam e entendem que essa zona compreende todo o estado do foco.
No caso da China e União Europeia, o protocolo prevê a interrupção das exportações de carne de frango oriundos de todo o país. Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Filipinas têm protocolos que reconhecem a regionalização para o espaço mais curto (no raio de 10 quilômetros do foco).
Focos no RS
Na manhã desta sexta-feira, 16, o Mapa confirmou o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, em Montenegro (RS). Mais tarde, durante coletiva de imprensa em Porto Alegre (RS), o ministério confirmou um segundo foco, porém em aves domésticas, de um zoológico em Sapucaia do Sul, região metropolitana da capital gaúcha.
Os casos são tratados de forma diferente, pois quando ocorre em aves domésticas ou silvestres, o protocolo de auto embargo não é acionado. No caso de detecção em granjas comerciais, esses acordos são acionados, devido ao risco de contaminação às granjas dos países que importarem os produtos avícolas da região com o foco.

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