Economia
RS envia primeira carga de laticínios para fora do estado
Portaria do MAPA autoriza venda de produtos de origem animal para fora do estado; estabelecimentos não precisam ter registro nacional
1 minuto de leitura 17/05/2024 - 17:43
Da Redação
A primeira carga de laticínios das agroindústrias do Rio Grande do Sul para outros estados levou três toneladas de queijo e doce de leite para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. O caminhão foi carregado em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, nesta sexta-feira, 17. A venda de produtos de origem animal feita por estabelecimentos que têm registro de inspeção apenas estadual ou municipal foi autorizada pelo Ministério da Agricultura, por meio da portaria SDA/Mapa 1.114/2024. A medida foi tomada devido às dificuldades de logística enfrentadas pelos produtores do estado com as enchentes e alagamentos das últimas semanas e tem validade por 90 dias.
Uma das produtoras beneficiadas é Stefani Hartmann da Silva, de Cristal, no sul do estado. Ela levou o estoque de doce de leite, que ficaria parado, se não houvesse essa alternativa. “A minha agroindústria depende praticamente só de feiras, as quais foram canceladas ou adiadas”, comentou em nota enviada pela Emater-RS.
A engenheira de alimentos e extensionista da Emater/RS-Ascar, Bruna Bresolin, acompanhou o carregamento e definiu o fato como histórico: “É um momento de vitória, de reconhecimento, de oportunidade que esses produtores nunca tiveram antes”. Ela espera que logo seja viabilizada também a venda de mel e embutidos para outros estados da Federação.
A viabilização desta primeira carga foi possível através da mobilização de entidades do setor de laticínios, contando com o apoio de uma empresa de logística que cedeu o caminhão sem cobrar o frete. Os produtos enviados passaram pela inspeção da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do RS (SFA-RS), que emitiu a autorização de trânsito para as agroindústrias, com as devidas exigências de saúde animal aplicáveis. Atualmente, mais de 1.700 estabelecimentos da agroindústria familiar estão sofrendo com dificuldades na comercialização devido à logística prejudicada no estado.
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