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Rio Grande do Sul perdeu quase 17 mil colmeias de abelhas com enchentes

Falta de abelhas prejudica o desenvolvimento de culturas como a maçã, que precisam da polinização

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Fernanda Farias - com informações da Agência Brasil | fernanda.farias@estadao.com

21/06/2024 - 18:58

Foto: Wenderson Araujo/CNA
Foto: Wenderson Araujo/CNA

As enchentes que aconteceram no Rio Grande do Sul em maio e que provocaram mortes e destruição de casas, empresas e lavouras também destruíram 16,9 mil colmeias. O levantamento é da Federação Apícola e de Meliponicultura do RS, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e contabiliza as mortes da espécie Apis mellifera e de abelhas-sem-ferrão ocorridas até o dia 20 de junho. Cada colmeia tem entre 50 e 80 mil insetos.

Os dados se referem a 66 municípios gaúchos, sendo Palmares do Sul o que teve o pior resultado, com mais de duas mil colmeias perdidas. De acordo com a coordenadora executiva do Programa Observatório de Abelhas do Brasil, Betina Blochtein, as colmeias ficaram submersas ou foram carregadas pela água, provocando a morte das abelhas. 

“A gente não está computando as colmeias que estão agora em alto risco, por exemplo, que foram parcialmente afetadas. As paisagens foram muito lavadas, em muitos casos elas estão com uma camada de lodo, de terra por cima, não têm vegetação com flores, então, não têm alimentação para as abelhas”, afirma Betina. 

Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 486 mil colmeias e outras milhares de espécies de abelhas que não vivem em sociedade e, por isso, não são monitoradas. Segundo Betina, essas “não sociais” são mais frágeis e não têm reserva de alimentos e, provavelmente, foram ainda mais impactadas pelas chuvas e enchentes.

Falta de abelhas afeta desenvolvimento de culturas

O levantamento aponta que a falta de abelhas pode prejudicar a polinização de plantas e o desenvolvimento de algumas culturas. “A maçã tem uma dependência de mais de 90% da presença de abelhas. Se não tem abelhas ou tem poucas, as maçãs ficam pequenininhas e ficam muito irregulares”, destaca Betina Blochtein.

O Rio Grande do Sul é responsável por 45% da produção de maçãs brasileiras, segundo a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã. O cultivo está concentrado em 26 municípios que totalizam 14 mil hectares de pomares. Outra cultura que depende da polinização desses insetos é a soja, variando entre 12% e 20%. “Imagina 15% de aumento da soja, 15% a mais no peso em grãos é muita coisa. Realmente, a perda de abelhas repercute”, afirma a coordenadora do programa.

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