Agropolítica
Cooperativas do RS pedem 120 dias de pausa em pagamentos
Governo trabalha para dar prazo de 90 dias devido aos prejuízos no Rio Grande do Sul
1 minuto de leitura 08/05/2024 - 15:17
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
Diante da tragédia climática em que o Rio Grande do Sul se encontra, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado pediu ao governo federal uma pausa de 120 dias para o pagamentos de contratos. O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, participou de uma reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira, 08. Pires contou ao Agro Estadão que o ministro foi “muito receptivo” aos pleitos das cooperativas gaúchas que têm, ao todo, quase 180 mil associados.
“Não existe logística para comercialização. É um momento em que os negócios não vão fluir com normalidade”, disse. A Fecoagro tem 42 cooperativas filiadas que têm participação expressiva na produção agropecuária do Rio Grande do Sul. De acordo com a entidade, elas representam 60% da produção de trigo, 45% no leite, 45% na soja e 20% no milho.
Pires comentou, sem dar detalhes, que fez outros pedidos ao ministro da Agricultura, e lembrou que o Rio Grande do Sul teve apenas um ano de “safra normal” nos últimos cinco anos.
“Perdemos por chuva, depois perdemos por seca durante três anos, e perdemos de novo por excesso de chuva. Então temos reivindicações pontuais em nome do produtor e um pouco das próprias cooperativas, para se estruturarem e fazerem o seu papel que é de ajudar o associado a produzir”, conclui.
Governo tenta prorrogação de 90 dias para produtores rurais do RS
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que pediu ao governo para encaminhar ao Conselho Monetário Nacional, a solicitação de prorrogar em 90 dias os pagamentos dos produtores rurais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A ideia é que o CMN realize uma reunião extraordinária para deliberar o voto. Ainda não há previsão para que isso aconteça.
Por conta da situação de calamidade pública no RS, o Banco Central já anunciou que suspendeu, por três meses, as ações de inscrição de devedores do estado gaúcho em dívida ativa, assim como o envio de certidões de dívida ativa para protesto e o ajuizamento de execuções fiscais.
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