Alerta para mais temporais no RS, agora com granizo e frio

Uma nova frente fria se desloca pelo Rio Grande do Sul a partir desta quarta-feira, 08, levando mais instabilidade às regiões já atingidas pelos temporais da última semana. O fenômeno é resultado do deslocamento de um amplo sistema de baixa pressão atmosférica no norte da Argentina em direção ao sul do Uruguai somado à formação de um ciclone extratropical.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o extremo-sul gaúcho deve ser a região com mais volumes de chuva, acima dos 100 milímetros. Além disso, os mapas indicam chance de rajadas de ventos de 100 km/h e queda de granizo. 

Até quinta-feira, 09, essa condição de chuvas e ventos se espalha pelo Rio Grande do Sul e chega a Santa Catarina. Na sexta, 10, a formação de uma nova frente fria leva mais instabilidade ao estado, ampliando o ingresso de um ar frio de origem polar, que pode provocar novas pancadas de chuva. 

O Governo do Estado monitora as condições climáticas entre a sexta e o domingo, pois há previsão de novos temporais na metade norte, com “incidência nos rios que já se elevaram e que já provocaram todos esses estragos”, alertou o governador Eduardo Leite. 

Para o fim de semana, a expectativa é de tempo úmido e mais frio. A chuva mais intensa deve ocorrer no norte e leste do Rio Grande do Sul. No sul e oeste, por sua vez, o tempo fica mais seco a partir da segunda-feira, 13. 

Temperaturas despencam a partir de quinta

No fim desta quarta, 08, o tempo fica frio e seco no sul e no oeste do Rio Grande do Sul, com mínimas previstas entre 5º e 11º. As baixas temperaturas devem ser registradas também na quinta, 09, na maior parte do estado, variando entre 4°C e 8°C em áreas do sudoeste, Planalto e Serra. Na capital, Porto Alegre, as temperaturas mínimas ficam ao redor dos 12°C. 

Com o frio à caminho, o governo do RS reforça o pedido de doações de cobertores e roupas de inverno para a população gaúcha que está em abrigos. O balanço mais recente divulgado pelo governo informa que 401 municípios foram afetados, 95 mortes, 131 pessoas desaparecidas, 372 feridos, 48.799 pessoas em abrigos e 159.036 desalojados. O total é de 1.443.950 pessoas afetadas.