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Economia

Brasil pode deixar de exportar até 100 mil toneladas de frango em maio, diz ABPA

Associação defende adoção da regionalização para evitar perdas bilionárias após foco de gripe aviária em granja comercial

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Redação Agro Estadão

27/05/2025 - 11:56

Foto: Roda Viva/YouTube/Reprodução
Foto: Roda Viva/YouTube/Reprodução

O Brasil pode deixar de exportar entre 50 mil e 100 mil toneladas de carne de frango em maio por causa dos embargos impostos após a confirmação de foco de gripe aviária em uma granja comercial, no Rio Grande do Sul. A estimativa é de Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que participou na segunda-feira, 27, do programa Roda Viva, da TV Cultura.

Segundo ele, o impacto varia conforme o perfil de cada mercado e os tipos de produtos exportados — como pés, miúdos e outros tipos de cortes. Parte desse volume, de acordo com Santin, pode ser redirecionada a outros países, mas outra deve ser destinada ao mercado interno, inclusive como matéria-prima para produção de farinha e ração para animais de estimação. “O volume é entre 50 e 100 mil toneladas, mas poderia ser mais, se for fazer a conta do que cada país importa”, afirmou Santin.

CONTEÚDO PATROCINADO

O setor de aves espera que as exportações sejam retomadas gradualmente após o cumprimento do vazio sanitário de 28 dias — tempo exigido pela Organização Mundial da Saúde Animal para comprovar a ausência do vírus na produção comercial. “Ano passado, no caso da doença de Newcastle, em pouco mais de 20 dias, a maioria dos mercados já tinha voltado. A gente espera repetir isso, até porque o Brasil está atuando com muito mais agilidade na comunicação internacional”, disse Santin.

Debate da regionalização

Outro ponto tratado durante a entrevista foi a regionalização, tanto nos embargos quanto em relação à vacina. O presidente da ABPA defendeu que o impacto no setor poderia ser menor se mais países adotassem o modelo de regionalização dos embargos sanitários, prática comum em mercados como Estados Unidos e União Europeia. 

Hoje, conforme Santin, 128 mercados que o Brasil atende já aceitam esse critério, mas outros ainda exigem a suspensão total de exportações do país ou de estados inteiros em caso de registros da doença. “Se tivéssemos a regionalização plena, todo esse problema teria sido evitado”, destacou.

Além dos embargos, o executivo argumenta ainda que o Brasil precisa avançar na discussão sobre regionalização da vacinação, o que permitiria proteger plantéis de áreas mais sensíveis sem perder acesso a mercados. De acordo com ele, a lógica atual é contraditória. “Países aceitam comprar dos Estados Unidos, que têm casos ativos, desde que seja de Condados livres. Mas, se os americanos vacinam um plantel na Califórnia, param de comprar. Isso é ilógico e precisa ser repensado no comércio internacional”, criticou.

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