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Economia

Exportações de carne bovina perdem ritmo, mas crescem 9% em novembro

China reduz participação nas exportações totais, enquanto os EUA e os Emirados Árabes ampliam compras

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Redação Agro Estadão

12/12/2024 - 08:30

Foto: Adobe Stock
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Depois de crescer a um ritmo superior a 30% nos últimos quatro meses, as exportações totais de carne bovina (processada e in natura) desaceleraram em novembro e registraram expansão de 9% em relação ao mesmo período de 2023. Com isso, o Brasil enviou ao exterior 279 mil toneladas da proteína ao exterior, ante 256 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 11, pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Apesar do recuo no volume de exportação, houve melhora nos preços médios pagos pela carne bovina brasileira. Em novembro de 2023, o valor médio foi de US$ 3,9 mil por tonelada, enquanto que em 2024 alcançou US$ 4,4 mil por tonelada. Essa alta nos preços contribuiu para um crescimento de 25% na receita total, que passou de US$ 1 bilhão no ano passado, para US$ 1,2 bilhão este ano. 

CONTEÚDO PATROCINADO

Acumulado do ano

No acumulado do ano, entre janeiro e novembro de 2024, as exportações totais alcançaram 2,9 milhões de toneladas — aumento de 30,84% em comparação ao mesmo período do ano anterior (2,2 milhões de toneladas). 

Em receita, foram gerados US$ 12 bilhões, um incremento de 23,25% frente ao resultado de janeiro a novembro do ano passado (US$ 9,7 bilhões). 

Porém, o preço médio por toneladas em 2024 está abaixo do observado em 2023: no ano passado, o valor médio foi de US$ 4,3 mil por tonelada, enquanto neste ano caiu para US$ 4 mil, representando uma redução de 5,8%. 

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China reduz participação no quadro total das exportações, enquanto os EUA ampliam 

A China, principal cliente do Brasil, tem reduzido sua participação nas exportações brasileiras de carne bovina. 

De janeiro a novembro de 2023, as vendas para o país asiático somaram pouco mais de 1 milhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 5,2 bilhões — representando: 48,4% do volume total exportado e 53,6% da receita. Em 2024, os números subiram para 1,2 milhão de toneladas (+11%) e US$ 5,4 bilhões (+3,7%), mas a participação no quadro total caiu para 41,1% no volume e 45,1% na receita.

Em contrapartida, os Estados Unidos, segundo maior mercado, ampliaram sua participação. Em 2023, Washington importou 291 mil toneladas, com receita de US$ 944,5 milhões. Em 2024, no acumulado de janeiro a novembro, o volume chegou a 493,5 mil toneladas (+69,6%) e a receita a US$ 1,4 bilhão (+57,7%). A participação no ranking geral subiu de 12,9% no ano passado para 16,7% neste ano.

Os Emirados Árabes, terceiro maior comprador, mais do que dobraram as aquisições. Em 2023, compraram 63,9 mil toneladas, gerando receita de US$ 280,1 milhões. Em 2024, o volume atingiu 130 mil toneladas (+103,3%) e a receita US$ 588,8 milhões (+110,2%).

O Chile ficou em quarto lugar, com importações de 92,3 mil toneladas e receita de US$ 448,6 milhões em 2023. Este ano, as compras aumentaram para 96,9 mil toneladas (+3,3%) e a receita chegou a US$ 461,2 milhões (+3,8%).

Segundo a Abrafrigo, no acumulado de 2024, 108 países ampliaram suas compras de carne bovina brasileira, enquanto 63 países reduziram suas aquisições.

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