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Mapa quer discutir regulamentação da lei europeia antidesmatamento com o setor produtivo

Secretário de Relações Internacionais do Mapa também avalia aberturas de mercado e confirma expectativa de chegar a 300 até o fim do ano  

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

10/10/2024 - 13:28

Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária. Foto: Carlos Silva/Mapa
Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária. Foto: Carlos Silva/Mapa

Com as recentes liberações de novos documentos que tratam da regulamentação da lei antidesmatamento europeia, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luís Rua, disse que pretende chamar o setor para discutir pontos que serão apresentados posteriormente ao bloco europeu.

No início do mês, a Comissão Europeia anunciou que o Parlamento Europeu irá votar o adiamento da entrada em vigor da lei e, além disso, publicou detalhes sobre a regulamentação dessa legislação. 

“Vamos entender primeiro o que está sendo pedido, ver o que a gente consegue cumprir, e não é que o Brasil ficará devedor em algum momento, mas sim entender pontos de discussão. E isso nós vamos fazer chamando o setor”, afirmou Rua em coletiva de imprensa para apresentação do novo chefe da secretaria. 

De acordo com o secretário, o adiamento abre uma “janela de diálogo” com o bloco para tentar mudanças na legislação europeia. No entanto, Rua pontuou: “nós defenderemos o interesse do Brasil, o interesse das cadeias produtivas”. 

Outro ponto citado por Rua é o avanço nas negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. Nos últimos dias, as áreas diplomáticas dos países se reuniram e o novo secretário indicou que “notícias positivas” podem vir no final do ano. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já havia falado que há uma expectativa sobre o anúncio do acordo para novembro. 

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“Hoje tem a possibilidade de um documento conjunto que vai tratar entre outras coisas da questão da sustentabilidade, mas compreendo as especificidades regionais, de cada um dos países. Acho que o clima é muito positivo”, comentou o secretário do Mapa. 

Aberturas de mercado já dão resultado na balança comercial, aponta Rua

Ao Agro Estadão, Rua adiantou que um dos pilares da sua gestão era dar continuidade aos esforços para abertura de novos mercados, especialmente aqueles não tradicionais. Nesta quinta-feira, o secretário reforçou esse papel e manteve a meta de 300 novos mercados até terminar 2024. Até então, o Brasil já conseguiu 253 aberturas de 2023 até a última quarta-feira, 09. 

O chefe da diplomacia no Mapa também falou que essas negociações têm dado resultado. “Neste ano de 2024, no acumulado do ano, nós tivemos um aumento de 6% de outros produtos que não os dez principais produtos exportados pelo Brasil, que são os tradicionais como soja, milho, carnes no geral, produtos florestais, produtos sucroalcooleiros”, disse. Só em setembro, esse crescimento foi de 18,5%. 

“A gente vê cadeias produtivas que inclusive, historicamente, são de climas temperados, que o Brasil passa a exportar, como azeite, vinho, coisas que tradicionalmente só o hemisfério norte produzia”, complementou.

Rua revelou que novos mercados devem ser anunciados na próxima semana e adiantou quais serão os destinos das próximas viagens: França (para a SIAL Paris), Argentina, Tailândia, Japão e Angola. Entre as pautas levadas pelo Brasil está a ampliação da entrada de carne bovina nos países asiáticos.

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Expectativa de safra recorde

Rua também demonstrou confiança no aumento das exportações dos principais grãos brasileiros, mesmo com recuo nas receitas. De acordo com dados da balança comercial divulgada pelo Mapa, de janeiro a agosto de 2024, o complexo soja teve uma queda de 16% nas receitas e o milho uma diminuição de 43,3%, ambos no comparativo com igual período de 2023. 

“No acumulado do ano, o Brasil está basicamente equilibrado em relação à balança comercial, mesmo num contexto em que as exportações dos dois principais produtos vegetais exportados, que é a soja e o milho, tenham reduzido em função naturalmente de uma redução da safra. E aqui a boa notícia, ainda que a safra tenha reduzido, para o ano que vem, as perspectivas indicam uma safra recorde para esses produtos”, projetou o secretário. 

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