Governo gaúcho traça estratégia para redistribuir o escoamento da produção de leite

O governo do Rio Grande do Sul continua intensificando os trabalhos para salvar vidas, após a enchente histórica no estado. A tragédia contabiliza 873 mil pessoas afetadas, 364 municípios atingidos, mais de 129 mil desalojados, 83 mortos e 111 pessoas desaparecidas, até a última atualização dos órgãos oficiais. 

Ao Agro Estadão, o secretário de Desenvolvimento Rural do RS, Ronaldo Santini, enfatizou que a “prioridade é salvar vidas”, mas o governo “olha no horizonte a segurança alimentar”. 

Neste contexto, uma série de ações estão sendo elaboradas, uma delas com foco no escoamento do leite. “Esse produto precisa ser redistribuído de forma rápida, por isso, as plantas mais próximas que não foram atingidas irão receber o leite, mesmo que o produtor não seja cooperado”, explica Santini. “A ideia é que essas unidades sejam base para mitigar os prejuízos.” 

Esse trabalho está sendo realizado de forma conjunta entre as secretarias de Desenvolvimento Rural, de Logística e Transportes, de Agricultura e Pecuária, de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul e pela Emater-RS, responsável pelos levantamentos de estoques, produção e situação geral nas áreas rurais.

O secretário confirmou a abertura de corredores para o transporte de alimentos e ração animal, conforme noticiado nesta segunda, 06, pelo Agro Estadão. Segundo Santini, o objetivo é garantir que suprimentos e medicamentos sejam transportados “por meio de uma rota segura, que nem sempre, será a mais rápida.”

O dirigente reforçou que todas as doações à população são muito bem-vindas no atual “cenário de guerra” vivido pelos gaúchos.