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Agropolítica

Fávaro confirma avanço em novo modelo de seguro rural

Ministério da Agricultura espera estudo da FGV para aumentar embasamento perante Tesouro Nacional 

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

11/09/2025 - 12:56

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, afirmou, nesta quinta-feira, 11, que as tratativas sobre um novo modelo de Seguro Rural continuam. Em julho, após o lançamento do Plano Safra 2025/2026, o ministro havia previsto a apresentação do modelo para setembro, mas ao ser questionado novamente, não informou um prazo.

“Está acontecendo”, disse o ministro à reportagem nos bastidores do evento de divulgação do último levantamento da safra 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizado em Brasília (DF). 

Além disso, Fávaro afirmou que vem conversando com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a necessidade de uma ampliação dos recursos. De acordo com ele, Haddad “topou o desafio” para uma reconfiguração do seguro. O encarregado da agropecuária no governo, no entanto, disse que essa remodelagem não vai passar somente por uma ampliação de verbas e voltou a falar em responsabilidade fiscal. “O orçamento não é um pé de fruta que você vai lá e colhe”, comparou o ministro. 

O novo modelo deve ter também o chamado seguro paramétrico, uma forma de seguro baseada em parâmetros. Na avaliação de Fávaro, esse tipo seria mais viável para produtores da região Centro-Oeste que demandam pouco seguro no modelo atual. 

O ministro afirmou também que espera ainda para este mês um estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV). A intenção seria conscientizar o governo internamente sobre a necessidade do seguro. 

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“A Fundação Getúlio Vargas deve apresentar nos próximos dias um trabalho mostrando o que impacta mais para o Tesouro: ter que renegociar a dívida quando tem intempérie climática ou investir mais em seguro”, disse. 

Para o ministro, o endividamento atual do setor se deve às mudanças climáticas e à falta de seguro. “Nenhum produtor se endividou porque não foi competente. Foi o clima. Veja bem, se tivéssemos um seguro rural efetivamente ativo e que desse resultado de fato da ponta, não tinha endividamento. Porque se o fator gerador da dívida foi o clima, e se tivesse um seguro que desse resultado, não tinha endividamento”, destacou. 

Tarifas e superação de adversidades

O ministro também foi perguntado sobre uma perspectiva de novas tarifas dos Estados Unidos com o avanço do julgamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. O chefe do Mapa disse torcer para as taxas serem descontinuadas, mas afirmou também que o país tem como superar as retaliações. 

“Nós temos capacidade de viver em qualquer adversidade, de tocar nossa vida para frente”, externou. Ele ainda lembrou as aberturas de mercado e enfatizou que o país mira chegar a 500 novos mercados abertos desde 2023. 

Brasil recuperou mais de 1,8 milhões de hectares neste ano

Outra frente em que o Mapa tenta dar passos é na recuperação de áreas e pastagens degradadas. Recentemente, houve um leilão do Eco Invest para viabilizar recursos ao programa. A estimativa da pasta é de que os valores consigam financiar até 3 milhões de hectares. 

Nesta quinta, Fávaro também deu números do programa relacionados ao ano de 2025. “O programa Carinho Verde Brasil, que é a recuperação de áreas degradadas, só neste ano recuperou 1,8 milhões de hectares, 2,5% da nossa produção”, concluiu.

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