PUBLICIDADE

Economia

Entidades de SC pedem suspensão de leilão para compra de arroz

Grupo teme os impactos negativos no setor que já contabiliza prejuízos e garante: "situação no RS não compromete o abastecimento do país"

Nome Colunistas

Sabrina Nascimento | Atualizado às 18h27 do dia 17/05/2024

18/05/2024 - 12:44

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

Entidades do setor arrozeiro de Santa Catarina pedem ao Governo Federal a suspensão do leilão para compra de arroz beneficiado do Mercosul e de outros países. O grupo está preocupado com os “impactos negativos” que a importação do cereal trará para a rizicultura brasileira. O leilão está marcado para o dia 21, e será realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão é comprar 104 mil toneladas de arroz beneficiado, polido, longo e fino, tipo 1, da safra 2023/2024. 

Para as entidades, “em um momento já extremamente difícil, por conta das inundações que assolam o estado gaúcho, a iniciativa de importar o grão servirá apenas para trazer ainda mais dificuldades e prejuízos para a cadeia produtiva de arroz no Brasil, uma vez que muitos produtores, indústrias e cooperativas já contabilizam prejuízos consideráveis por conta dos problemas climáticos”, afirmam em nota.

Mesmo com as inundações em lavouras do Rio Grande do Sul, principal estado produtor do cereal, as entidades “reforçam a garantia de que a produção do grão não será impactada a ponto de faltar arroz para o consumo interno brasileiro”,  porque a colheita da safra 2023/2024 já estava bastante adiantada em ambos os Estados – 84% da área cultivada no RS e quase 100% na área cultivada em Santa Catarina.

As entidades defendem, ainda, que “os problemas logísticos no Rio Grande do Sul, como a dificuldade de escoamento da produção por conta da interdição de rodovias, já estão sendo superados. Além disso, as negociações de compra e venda de arroz em casca para beneficiamento seguem sendo realizadas entre os produtores rurais e as indústrias e cooperativas responsáveis pelo beneficiamento do grão.”

O pedido de suspensão é feito pelo Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), a Cooperativa Central Brasileira de Arroz (BRAZILRICE), a Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (ACAPSA), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).

PUBLICIDADE

Vale destacar que entidades do setor arrozeiro do Rio Grande do Sul também já se posicionaram contra a decisão do Governo Federal de realizar um leilão para compra do cereal. O Governo Federal, no entanto, segue falando que a intenção não é concorrer com o produtor brasileiro, mas garantir o abastecimento.

O que diz a empresa líder na distribuição e comercialização do cereal sobre o leilão de arroz?

A Camil Alimentos, maior fabricante nacional de arroz, informou em nota ao Broadcast Agro que observa aumento na demanda por alimentos básicos, como o arroz, mas afasta a possibilidade de problemas de abastecimento a médio prazo. 

“Esse comportamento, juntamente com as limitações logísticas para abastecer as regiões afetadas no Rio Grande do Sul, pode gerar uma sensação de escassez no curto prazo. A empresa compreende que essa é uma situação pontual na região e acredita que, com a retomada da logística no Estado, não haverá falta de matéria-prima ou produto a médio e longo prazo”, esclareceu a companhia.

A empresa afirmou que o aumento na busca do produto é resultado do maior volume de compras pelos consumidores, que estocam alimentos com receio de desabastecimento, e da elevação das compras destinadas a doações para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. 

“Apesar desse cenário logístico desafiador, a Camil Alimentos está unindo esforços com seus parceiros para garantir o abastecimento de arroz e feijão no Estado e em outras regiões do País”, destacou.

O Rio Grande do Sul é a principal fonte de origem de arroz da companhia, sendo o produto mais comercializado pela empresa, que atua também em feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE
Agro Estadão Newsletter
Agro Estadão Newsletter

Newsletter

Acorde bem informado
com as notícias do campo

Agro Clima
Agro Estadão Clima Agro Estadão Clima

Mapeamento completo das
condições do clima
para a sua região

Agro Estadão Clima
VER INDICADORES DO CLIMA

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Produção de etanol de trigo ganha novos investimentos no RS

Economia

Produção de etanol de trigo ganha novos investimentos no RS

Planta terá capacidade para processar 525 mil toneladas de cereais por ano a partir de 2026; obras da unidade começaram em abril deste ano

Brasil abre mercado de sementes de canola para a África do Sul

Economia

Brasil abre mercado de sementes de canola para a África do Sul

País africano comprou US$ 635 milhões em produtos agropecuários brasileiros no ano passado, com foco em carnes, açúcar, cereais e café

Cacau: processamento cai na Europa,  América do Norte e Ásia

Economia

Cacau: processamento cai na Europa, América do Norte e Ásia

Dados sobre o processamento de cacau são vistos como um importante indicador da demanda por chocolates

China: importação de milho cai 93% no 1º semestre do ano

Economia

China: importação de milho cai 93% no 1º semestre do ano

Compras chinesas de trigo também recuam, enquanto as remessas de soja crescem 1,8% de janeiro a junho

PUBLICIDADE

Economia

Carne bovina: Abrafrigo prevê perda de US$ 1,3 bilhão em 2025 com tarifa dos EUA

Entidade recomenda maior diversificação de mercados, com destaque para Chile, México e Rússia, que tiveram crescimentos expressivos em 2025

Economia

Tarifa dos EUA: efeitos sobre o agro no curto e médio prazos

Impactos previstos incluem sobreoferta interna, pressão nos preços, desinvestimento e risco de inflação via câmbio

Economia

Com 864 mil toneladas de feijão, Paraná bate novo recorde de produção

Mesmo com queda na segunda safra, alta expressiva na primeira garante volume histórico que já pressiona preços

Economia

Plantio de trigo avança no RS e chega a 92% da área prevista  

Segundo a Conab, área semeada com trigo no país cai 16,5%, mas condições climáticas mantêm produtividade próxima à da safra anterior

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.