Economia
Missão chinesa inspeciona granjas e frigoríficos no RS
Auditoria é parte das negociações para a retomada das exportações de carne de frango para a China

Redação Agro Estadão
25/09/2025 - 10:29

Terminou nessa quarta-feira, 24, a auditoria da comitiva da chinesa nos controles sanitários de granjas e plantas industriais do setor avícola do Rio Grande do Sul. A inspeção é mais um passo nas negociações para a retomada das vendas de carne de frango ao país asiático, suspensas desde julho de 2024. O mercado chinês é um dos maiores destinos da proteína avícola brasileira.
A missão, composta por seis auditores chineses, foi acompanhada por fiscais federais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), fiscais estaduais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A agenda incluiu, em São José do Hortêncio (RS), a visita a uma granja de matrizes genéticas, uma propriedade de frango de corte em Pareci Novo (RS) e um abatedouro exportador em Bom Princípio (RS).
Durante a auditoria, os técnicos chineses acompanharam as práticas sanitárias e verificaram, in loco, os controles adotados tanto em granjas quanto em unidades industriais. O procedimento é, segundo chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal do DDA/Seapi, Fernando Groff, “a oportunidade de demonstrar a eficiência dos controles sanitário aplicados no Rio Grande do Sul, garantindo a condição de livre de doenças que impactam no mercado de exportação, como é o caso de doença de Newcastle e Influenza Aviária de Alta Patogenicidade [gripe aviária]”.
O embarque de frango gaúcho para a China foi suspenso após a detecção de um foco da doença de Newcastle em Anta Gorda, no Vale do Taquari, em julho de 2024. Quando havia perspectiva de retomada, a confirmação de um caso de influenza aviária em Montenegro, em maio deste ano, adiou novamente a abertura do mercado. Em poucos meses, ambos os episódios foram controlados, garantindo ao País o reconhecimento de status sanitário pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), mesmo assim as exportações para o mercado chinês não foram retomadas.

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