Economia
Funcafé terá R$ 6,88 bilhões para safra 2024/2025
Governo também atualizou preços de garantia do café

Da Redação
04/07/2024 - 13:59

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta quarta, 03, duas portarias sobre o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Ao todo, serão destinados R$ 6,88 bilhões para o financiamento da cultura para o ano agrícola 2024/2025.
Os recursos foram divididos e alocadas dessa forma:
- Custeio: limite de até R$ 1,735 bilhões;
- Comercialização: até R$ 2,49 bilhões;
- Financiamento para Aquisição de Café (FAC): até R$ 1,615 bilhões;
- Crédito para capital de giro: até R$ 1,015 bilhões destinados às indústrias de café solúvel e de torrefação de café, além de cooperativas de produção;
- Crédito para recuperação de cafezais danificados: até R$ 30 milhões.
Esses recursos serão direcionados às instituições financeiras que estiverem autorizadas a operar com o Funcafé. Além disso, as normativas também tratam do redirecionamento dos recursos que foram contratados mas não executados. Instituições como aplicação de até 40% poderão devolver os recursos. Aquelas com aplicação superior a 60% poderão solicitar mais recursos.
Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, “esse remanejamento é fundamental para que os recursos alcancem maior aplicação possível”, disse em nota.
Atualização dos preços de garantias
Outra normativa também alterou os preços do café dentro do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF). O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, na última terça, 02, a atualização que tem validade de 10 de julho deste ano até 09 de julho de 2025.
Os novos preços são:
- Café arábica – R$ 637,91 por saca de 60 quilos;
- Café conillon – R$ 423,08 por saca de 60 quilos.
A avaliação do presidente do CNC é de que os valores não são o ideal, mas são justos para o momento, “considerando que o mercado apresenta bons preços”. “Esses preços de garantia são um apoio essencial para os cafeicultores, assegurando um mínimo de estabilidade financeira diante das flutuações do mercado”, disse Brasileiro.

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