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Economia

CNA quer que União Europeia investigue conduta de varejistas franceses contra carne do Mercosul

Entidade aponta que manifestações das empresas foi prejudicial para o acordo entre os blocos econômicos

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Redação Agro Estadão

27/05/2025 - 11:01

Foto: Adobe Stock
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou uma petição na Comissão Europeia para que seja feita uma investigação da conduta de varejistas franceses contra carne do Mercosul. De acordo com a entidade, a solicitação foi feita nesta terça-feira, 27, em Bruxelas, Bélgica. 

Segundo o documento, uma série de falas de executivos dessas varejistas demonstram um movimento orquestrado para “difamar os produtos cárneos oriundos dos países do Mercosul”. A CNA aponta quatro varejistas: Carrefour, Les Mousquetaires, E. Leclerc e Coopérative U. E destaca discursos feitos no ano passado entre os dias 20 de novembro até 26 de novembro. 

Desses, o que causou maior repercussão no Brasil foi o anúncio feito pelo CEO do Carrefour, Alexandre Bompard. Ele informou através de uma publicação que a marca não compraria mais carne do Mercosul. Além disso, em uma carta endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França, Arnaud Rousseau, ele contesta a qualidade dos produtos. A reação brasileira teve efeitos na marca no Carrefour Brasil e Bompard fez uma retratação pedindo desculpas

“As declarações coincidem com o debate político na França às vésperas da conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, firmado em 6 de dezembro de 2024, e parecem refletir a recusa dos supermercados em aceitar o papel da UE na celebração de acordos em nome de todos os cidadãos europeus”, indica a CNA. 

A entidade ainda argumenta que o acordo entre os blocos econômicos “corre o risco de ser comprometido pelas ações coordenadas dos varejistas franceses”. A avaliação é “de que essas ações dos varejistas franceses violem as regras de concorrência da União Europeia”.

Outro aspecto que a confederação indica são as acusações feitas sobre a qualidade e segurança sanitária das carnes. “Tais alegações colocam em risco a reputação dos produtos brasileiros e desencorajam outros varejistas e consumidores a adquiri-los. Além disso, os varejistas declararam explicitamente que boicotariam a carne proveniente dos países do Mercosul, o que representa o risco de impedir o acesso dos fornecedores de carne do Brasil e de outros países do bloco ao mercado da União Europeia”, diz a entidade. 

O apelo junto à Comissão Europeia já havia sido antecipado pelo presidente da confederação, João Martins, no ano passado. “Diante dessas acusações, nós nos vimos obrigados a procurar o nosso escritório em Bruxelas para entrar com as ações devidas para buscar o esclarecimento da verdade”, declarou Martins à época. 

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