China aprova noz-pecã brasileira e oficializa abertura de mercado
Abertura de mercado pode representar US$ 1 milhão em negócios entre os dois países; Brasil é o quarto maior produtor mundial de noz-pecã
1 minuto de leitura
06/06/2024 | 12:44
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
![noz peca noz pecã](https://agro.estadao.com.br/wp-content/uploads/2024/06/noz-peca-1.jpg)
A China aprovou os requisitos sanitários e de quarentena relacionados à qualidade da noz-pecã brasileira e vai começar a comprar o fruto do Brasil. O protocolo entre os dois países foi assinado nesta quinta-feira, 6, pelo ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, durante missão oficial ao país asiático. As negociações para exportação de noz-pecã para a China começaram em 2019, de acordo com o Mapa.
Levantamento do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) diz que 320 mil toneladas de noz-pecã são produzidas no mundo por ano e a China compra 45 mil toneladas desse total.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor do fruto, ficando atrás somente dos Estados Unidos, México e África do Sul. Os pomares brasileiros ocupam 10 mil hectares, sendo que 70% deles estão no Rio Grande do Sul.
O IBPecan estima perdas de 80% na safra gaúcha deste ano, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, que aconteceram pouco depois do início do período de colheita. Os danos devem somar R$ 176 millhões para o setor. Com isso, a produção brasileira estimada em 5 mil toneladas para esta safra pode cair para 1 mil toneladas, mesmo número da safra de 2016.