Carne suína: vendas internacionais acumulam alta de 17,6% em 2024

O volume de exportações de carne suína registrou alta de 17,6% nos dois primeiros meses do ano. Só em fevereiro, o crescimento foi de 24,4%, totalizando 97,8 mil toneladas, frente ao mesmo período de 2023. 

O resultado é comemorado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Segundo o presidente da associação, Ricardo Santin, foi o “melhor mês de fevereiro da história, se aproximando pela primeira vez das 100 mil toneladas”. 

Do lado das receitas, as somas também foram positivas. Na comparação entre os meses de fevereiro deste ano e do ano anterior, o crescimento foi de 11,3%, saindo de US$ 184,9 milhões (2023) para US$ 205,7 milhões (2024). No acumulado dos meses iniciais, a alta é de 1,9% na soma dos valores vendidos.

Na visão da ABPA, os bons números foram puxados por uma dinâmica diferente nos destinos. “São prognósticos muito positivos para a carne suína, que teve na China o seu grande comprador. Mas pela primeira vez Hong Kong não é segundo maior destino das nossas exportações”, disse em vídeo o presidente.

O ranking dos principais compradores da proteína brasileira no bimestre inicial tem os seguintes países:

• China – 49,5 mil toneladas (-32% em relação ao ano anterior);
• Filipinas – 25,7 mil toneladas (+208,1%);
• Chile – 19,1 mil toneladas (+41,3%);
• Hong Kong – 18,5 mil toneladas (+23,5%), e
• Singapura – 11,4 mil toneladas (+39%).

“Pela primeira vez, mesmo em alta, as vendas para Hong Kong foram superadas por outros dois destinos, as Filipinas e o Chile, nações de regiões distintas que vem aumentando significativamente a sua demanda pelo produto brasileiro”, apontou em nota o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Santa Catarina foi o estado com mais exportações, 109,6 mil toneladas no primeiro bimestre. Rio Grande do Sul (42,2 mil toneladas), Paraná (23 mil toneladas), Mato Grosso (5 mil toneladas) e Mato Grosso do Sul (4,9 mil toneladas) completam a lista dos estados com mais embarques.