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Economia

Brasil deve abater o maior número de bovinos em 10 anos, aponta consultoria

Descarte de fêmeas impulsiona números totais de abates e indica inversão do ciclo pecuário no Brasil; nascimentos de bovinos devem reduzir

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Rafael Bruno

08/07/2024 - 17:56

Foto: Adobe Stock
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De janeiro a junho deste ano, o Brasil abateu cerca de 18,89 milhões de bovinos, crescimento de 17,87% na comparação com igual período do ano passado. Somente no sexto mês de 2024, o número de abates foi de 3,11 milhões de cabeças, alta de 6,92%, em relação a 2023. 

E as perspectivas seguem favoráveis para o ano. De acordo com projeção da consultoria Safras & Mercado, 2024 tende a se consolidar como o maior ano em abate de bovinos da última década. A expectativa é que aproximadamente 35,92 milhões de bovinos sejam abatidos, crescimento de 4,8% em relação ao ano passado.

Na opinião do analista Fernando Iglesias, foi um ano positivo, com 34,28 milhões de cabeças abatidas. “Felizmente para o setor a demanda está bastante aquecida, em especial a demanda externa, com o Brasil superando recorde após recorde nas vendas de carne bovina no mercado internacional”, comenta Iglesias. 

Descarte de fêmeas impulsiona abates e provoca inversão de ciclo

Entre os fatores que justificam os números de abate, o relatório da Safras aponta o aumento da produtividade média da bovinocultura de corte, fato que encurtou o ciclo pecuário. Por consequência, isso aumentou a oferta no ano passado e, em particular, nesta temporada. Além disso, levou ao grande descarte de fêmeas, que somente no primeiro trimestre deste ano cresceu 17,9%, no comparativo anual. 

O descarte de fêmeas tem efeitos variados sobre a cadeia produtiva. Segundo o analista, no curto prazo, a maior participação de fêmeas resulta em queda nos preços do boi gordo; já no médio e longo prazo, o descarte reflete na redução do ritmo de nascimentos, aumentando a propensão a reajustes ao longo da cadeia produtiva. 

Ainda de acordo com projeções da consultoria, entre os anos de 2024 e 2025, o ciclo pecuário brasileiro passará por uma inversão em decorrência dos descartes de fêmeas evidenciados desde o segundo semestre de 2022.

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