Agropolítica
Governo vai investir R$ 1 bilhão para comprar até 500 mil toneladas de arroz
Iniciativa quer estimular produção de arroz em diferentes regiões do país; hoje o RS é responsável por 70% do cereal brasileiro
Redação Agro Estadão*
16/10/2024 - 15:08
Lançado oficialmente nesta quarta-feira, 16, o Programa Arroz da Gente visa a formação de estoques do cereal. Para isso, o governo federal deve investir R$ 1 bilhão para comprar até 500 mil toneladas do cereal de pequenos e médios produtores, por meio de contratos de opção em que o preço da produção futura já fica garantido.
“Os contratos vão estimular a produção do arroz em até 500 mil toneladas, auxiliando a mitigar as perdas das safras de 2023 e 2024 devido à seca e às enchentes na Região Sul”, disse Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto. Segundo ele, o programa visa “ampliar a produção de arroz pela agricultura familiar e promover a diversidade regional e de variedades cultivares”.
O objetivo do programa é o mesmo do leilão do cereal que foi anulado após denúncias de irregularidades. O governo justificou, na época, a alta dos preços do arroz para o consumidor, após as enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% do arroz produzido no país.
Arroz é Alimento no Prato
O Arroz da Gente faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab), lançado nesta quarta-feira junto com o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. Os planos trazem uma série de medidas e ações visando o abastecimento alimentar da população e o incentivo à produção orgânica.
Em discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o combate à fome é uma escolha política dos governantes e lembrou que o Brasil vai lançar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula de Líderes do G20, em novembro, no Rio de Janeiro.
“A gente pode dizer que existe seca, a gente pode dizer que existe excesso de chuva, a gente pode dizer tudo que nós quisermos, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, de quem governa os estados. É preciso que o Estado tenha a capacidade de priorizar para quem que ele quer governar, nós temos que fazer escolhas”, disse Lula.
*Com informações da Agência Brasil
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