PUBLICIDADE

Agropolítica

Congresso derruba veto e mantém Fiagros e FIIs isentos de impostos na Reforma Tributária

Segundo a FPA, conquista garante segurança jurídica para investidores e financiamento privado para o setor agropecuário

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão

18/06/2025 - 08:00

Veto havia sido apresentado em janeiro e foi derrubado pelo Congresso nesta terça - Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
Veto havia sido apresentado em janeiro e foi derrubado pelo Congresso nesta terça - Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira, 17, o Veto nº 07/2025, que retirava a isenção dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) e dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) na Reforma Tributária. 

Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) comemorou a decisão, que “reestabelece a não-incidência dos novos impostos IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) sobre esses fundos”.

CONTEÚDO PATROCINADO

Entre outros pontos, o texto garante a continuidade de um dos principais instrumentos de financiamento da produção agropecuária, da sustentabilidade e do desenvolvimento da bioeconomia no Brasil, segundo a federação.

Em comunicado, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que a tentativa de taxação dos Fiagros colocava em risco o acesso ao crédito, a expansão das atividades no campo e os investimentos na chamada vocação verde do Brasil — um agro cada vez mais sustentável, produtivo e comprometido com práticas de baixo carbono. “Não podemos permitir que a taxação prejudique fundos essenciais para o financiamento do setor. A manutenção do veto comprometia a competitividade, aumentava os custos para produtores e reduzia a oferta de crédito”, afirmou.

A articulação foi conduzida pela FPA, que defendeu a importância dos Fiagros como instrumento estratégico para financiar a produção agropecuária no país. Segundo o vice-presidente da bancada, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), manter a isenção é fundamental para assegurar a competitividade do setor. “Manter a isenção dos fundos é preservar um instrumento decisivo para o financiamento do agronegócio e da construção civil. Uma tributação, neste momento, comprometeria a atratividade dos fundos e impactaria diretamente produtores e investidores”, destacou Jardim.

PUBLICIDADE

O deputado ressaltou ainda que os Fiagros já contam com mais de 600 mil investidores, com um ticket médio de R$ 15 mil, movimentando um volume superior a R$ 40 bilhões. A taxação poderia elevar custos, restringir crédito e desacelerar o desenvolvimento de setores estratégicos da economia produtiva do país.

O veto foi apresentado pelo governo federal em janeiro, sob a justificativa de inconstitucionalidade e de que a medida contrariava o interesse público. No entanto, a ausência de um projeto específico para regulamentar a isenção, prometido pelo Executivo, levou o Congresso a derrubar o veto.

A medida recai sobre a Lei Complementar 214/2025, que regulamenta a reforma tributária e substitui cinco tributos — PIS, Cofins, ICMS, ISS e parte do IPI — pelos novos IBS e CBS, com implementação gradual entre 2027 e 2033.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Setor produtivo cobra reformulação urgente do crédito rural e alerta para colapso no RS

Agropolítica

Setor produtivo cobra reformulação urgente do crédito rural e alerta para colapso no RS

Lideranças do agro denunciam endividamento histórico, falhas no seguro rural e impactos nas famílias rurais

STF avança em julgamento sobre incentivos tributários a defensivos agrícolas

Agropolítica

STF avança em julgamento sobre incentivos tributários a defensivos agrícolas

Resultado está em aberto à espera dos votos de Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; sessão continua semana que vem

Decisão do STF sobre o Renovabio garante segurança jurídica, diz CNA

Agropolítica

Decisão do STF sobre o Renovabio garante segurança jurídica, diz CNA

Para o setor, julgamento elimina riscos e reforça a previsibilidade para a transição energética

Conferência expõe divergências entre setor do tabaco e órgãos do governo

Agropolítica

Conferência expõe divergências entre setor do tabaco e órgãos do governo

Setor produtivo teme mudanças regulatórias, crescimento do mercado ilegal e impacto na cadeia que gera US$ 2,89 bilhões em exportações

PUBLICIDADE

Agropolítica

Governo anuncia 10 novas demarcações de terras indígenas

A meta do Brasil é regularizar e proteger 63 milhões de hectares de terras indígenas e quilombolas até 2030

Agropolítica

Para Alckmin, acordo Mercosul-UE será o maior do mundo e fortalecerá multilateralismo

Vice-presidente, que cumpre agenda na COP 30, voltou a mostrar confiança na assinatura do texto final do acordo entre os dois blocos

Agropolítica

Manutenção de tarifa dos EUA para a uva deixa produtores apreensivos

Confira a lista de frutas mencionadas no documento publicado pelo governo dos EUA que retirou as tarifas recíprocas de 10%

Agropolítica

UE oficializa volta do pré-listing para a compra de aves e ovos do Brasil

Decisão oficial do bloco europeu restabelece mecanismo suspenso desde 2018 e fortalece previsibilidade para novas habilitações de plantas brasileiras

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.