PUBLICIDADE

Agropolítica

Brasil e China estão finalizando acordo para exportação de gergelim

Estágio de negociação para venda de gergelim está avançado, segundo o Mapa; 18 mercados já foram abertos para produtos agro brasileiros em 2024.

Nome Colunistas

Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com

11/03/2024 - 11:00

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

O Brasil e a China estão finalizando a negociação para abertura de mercado para o gergelim. O anúncio deve sair nos próximos dias, depois do roteiro de viagens que o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, está cumprindo entre Argentina, Estados Unidos e Sudoeste Asiático. “O gergelim é uma cultura de entressafra, e essa abertura de mercado é importantíssima para a competitividade”, afirma Perosa, ao Agro Estadão.

A China é o maior comprador de gergelim no mundo, importando 50% da produção mundial, que é liderada pelo Sudão, na África. O Brasil ocupa parte pequena nas exportações da semente – no ano passado, foram 155 mil toneladas para Índia, Turquia, Guatemala e Arábia Saudita. Mas a produção vem crescendo a cada ano, porque cada vez mais agricultores optam pelo gergelim para a segunda safra, substituindo o milho. 

Neste ciclo, o país deve produzir 174,2 mil toneladas da semente em 361 mil hectares, de acordo com a Conab. Mato Grosso, Pará e Tocantins são os principais estados produtores, mas o cultivo cresce também em Goiás e na Bahia. 

Na Argentina, tema de reuniões foi a exportação de erva-mate

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA está nos Estados Unidos para cumprir agenda até sábado, 16. Antes, Perosa esteve na Argentina, onde inaugurou novas instalações na Embaixada do Brasil e tratou da exportação de erva-mate. No domingo, 17, seguirá para visitas e encontros com autoridades e empresários no Sudoeste Asiático. Por telefone, o secretário contou que também está perto de finalizar a negociação para venda de limão taiti para os Estados Unidos. 

Embaixador do Brasil na Argentina e secretário de comércio e relações internacionais
Embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli, e secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa. Foto: Divulgação

“Estamos com vários processos em fase avançada para exportações de produtos agro, principalmente frutas e o mercado de orgânicos – em breve teremos novidades sobre os orgânicos”, comentou. No primeiro bimestre de 2024, o Brasil abriu 18 novos mercados para o agro, um recorde histórico. Em 2023, foram 78 novos mercados em 39 países. Desses, Roberto Perosa conta que esteve em 28. 

PUBLICIDADE

Missão brasileira para a África está marcada para abril

Roberto Perosa conta que o ritmo intenso de viagens é uma orientação do ministro, Carlos Fávaro, de restabelecer relações. “Havia um distanciamento – não entrando no mérito do governo passado- mas a negociação comercial com a presença da autoridade política evolui muito mais rápido”, reflete.

Em abril, uma comitiva brasileira irá para a África, em uma missão que está sendo organizada a pedido do presidente Lula. Perosa comenta que a África era um grande parceiro brasileiro, com uma corrente de negócios de U$ 12 bilhões com a Nigéria. Hoje, essa relação gera cerca de R$ 1 bi.

“Vamos criar três postos avançados do MAPA na África: na Nigéria, Etiópia e Argélia. Além de ampliar a exportação de produtos, queremos colaborar com tecnologia e toda experiência de 50 anos da Embrapa para ajudar a África a produzir alimentos”, afirma Perosa. 

Para secretário, o agro não está em crise

Diante do cenário de quebra de safra de grãos e relatos de produtores rurais sobre a crise que o agronegócio vive em relação à produção, Roberto Perosa diz que não concorda e que estamos vivendo um “momento de baixa”.

“Não existe [crise]. Nós temos que ter um ponto de atenção, mas não temos motivos para criar alarmismo ainda. Estamos olhando tudo de perto [o governo]”, diz Perosa. Segundo ele, esses momentos são cíclicos de baixa de algumas cadeias, já que não é possível ter controle sobre tudo na agricultura, especialmente o clima. 

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

MST invade área do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul

Agropolítica

MST invade área do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul

Movimento reivindica avanço nas negociações sobre área indicada ao Incra em 2024; BB diz que não detém a posse e nem a disponibilidade do imóvel

Governo federal destina R$ 21,7 milhões para equalizar preços de feijão

Agropolítica

Governo federal destina R$ 21,7 milhões para equalizar preços de feijão

Medida assinada por quatro ministérios é voltada, exclusivamente, à produção de estados da região Sul destinada ao consumo interno

Governo descarta preços de exportação em compras de socorro ao tarifaço 

Agropolítica

Governo descarta preços de exportação em compras de socorro ao tarifaço 

Simplificação das aquisições públicas é uma das medidas emergenciais para aliviar situação de produtores rurais

Leilões da Conab negociam 109,2 mil toneladas de arroz

Agropolítica

Leilões da Conab negociam 109,2 mil toneladas de arroz

Ao todo foram firmados 4.044 contratos, com vencimentos para setembro e outubro deste ano

PUBLICIDADE

Agropolítica

Governo divulga regras para acessar crédito de socorro ao tarifaço; confira condições

Para conseguir financiamento, empresas deverão ter perdido pelo menos 5% do faturamento com exportações para os EUA e cumprir contrapartida

Agropolítica

Nova fase da Operação Big Citros busca conter avanço do greening no Paraná

Ação vai até o próximo dia 29 de agosto em pomares de tangerina dos municípios de Cerro Azul e Doutor Ulysses, no Vale do Ribeira

Agropolítica

Em Goiás, produtores que aderiram ao PSA recebem entre R$ 498 e R$ 664 

Governo do estado já desembolsou R$ 4 milhões; área cadastrada pode ser de, no mínimo, dois hectares, e, no máximo, 100 por propriedade

Agropolítica

Federação contesta negociação de terras invadidas no Paraná e quer desocupação

Entidade não participou de reunião sobre aquisição de terras para comunidades indígenas e afirma que desocupação é indispensável ao diálogo

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.