Soja pode ocupar mais 36,6 milhões de hectares de pastagens no Brasil

O Brasil tem potencial para aumentar as lavouras de soja em até 36,6 milhões de hectares, apenas com áreas de pastagens, segundo estudo inédito realizado pela Serasa Experian, que avaliou os quatro biomas do país. 

Essa estimativa é mais que o dobro da que a do Ministério da Agricultura, que prevê alcançar 12 milhões de hectares de novas áreas de soja em até dez anos. Para garantir essa expansão em uma década, a Serasa Experian calcula que será preciso investir cerca de R$ 60 bilhões.

O diretor de novos negócios agro da Serasa Experian, Joel Risso, afirma que grande parte desse volume virá de linhas de crédito. “Isso porque o valor médio para converter um hectare de pastagem para o plantio de soja é de aproximadamente R$ 5 mil, podendo ser inferior em áreas menos degradadas e passar de R$ 6 mil em áreas mais severamente degradadas”, afirma.

O executivo da Serasa comemora o fato de que existem mais pastagens aptas que o necessário para suprir essa demanda. “E seguindo os protocolos ambientais mais rígidos, como é o caso das recentes exigências do mercado comprador Europeu, que não deverá mais estar aberto à soja brasileira proveniente de áreas desmatadas”, completa. 

Pampa e Cerrado se destacam com mais pastagens para virar soja

Segundo a empresa, o Estudo de Aptidão Agrícola da Serasa Experian foi realizado com imagens de satélite. O Pampa tem a maior proporção de pastagens aptas para virar lavouras, com 1,6 milhões de hectares. Já o cerrado tem a maior área: 6,1 milhões de hectares.

Em relação aos estados, o Pará tem a maior área de pastagens aptas para o plantio de soja e sem degradação (1,7 milhões de hectares), enquanto o Mato Grosso do Sul tem a maior disponibilidade de pastos (6 milhões de hectares).

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