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Sustentabilidade

Energia limpa é usada na produção de 57% do volume de aves da BRF

Instalação de painéis solares nas granjas geraram economia de 95%; mais da metade dos integrados da empresa já usa a tecnologia

3 minutos de leitura 26/09/2024 - 07:30

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Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com

Placas solares em granja de produtor integrado em Chapecó (SC). Foto: BRF/Divulgação
Placas solares em granja de produtor integrado em Chapecó (SC). Foto: BRF/Divulgação

O uso de energia limpa na produção de frangos esteve nos planos do criador Álvaro José Baccin desde 2016, quando iniciou a atividade. Mas os custos o impediam de colocar em prática a instalação de painéis solares na propriedade. “Eu queria ser um exemplo, eu tinha uma visão que dava para fazer sem gastar tanto na conta de luz e contribuir para essa jornada de desenvolvimento sustentável”, conta Baccin ao Agro Estadão.

Naquela época, a energia fotovoltaica não era tão comum no município do criador em Toledo (PR). Por isso, Baccin conta que precisou fazer um orçamento para o projeto com uma empresa italiana, mas não conseguiu colocar em prática por ser muito caro, na época. 

Os galpões para engorda de frango com capacidade para 210 mil aves geravam uma conta de energia elétrica de R$ 12 mil por mês. “Comedores, ventilação, exaustor, sistemas para abrir janelas e também máquinas que aquecem – tudo consome energia”, contabiliza.

Baccin é integrado da BRF, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, para quem entrega cerca de 1,2 milhão de aves por ano. Ele foi um dos primeiros atendidos pelo projeto da empresa que incentiva os integrados a adotarem a energia limpa nos galpões. Com o apoio, gastou três vezes menos do que havia calculado.

Conta de energia na granja caiu de R$ 12 mil para R$ 400

As placas de energia fotovoltaica foram instaladas na propriedade do produtor paranaense há cinco anos, e um dos resultados é a economia na conta de luz mensal, que passou para R$ 400. Mas a vantagem financeira não é a única apontada pelo produtor.

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produtor em frente a painéis de energia solar
Álvaro Baccin destaca economia e compromisso com a sustentabilidade ao adotar sistema de energia solar na granja. Foto: Arquivo Pessoal

“O resultado é produzir com sustentabilidade, buscar uma fonte mais natural de recursos. Olhando o que isso já representa no Brasil, tem uma magnitude gigante”, afirma Baccin. Ele ainda destaca a importância da produção de alimentos e geração de empregos que o setor promove. 

“Você alimenta o mundo, emprega umas pessoas. Isso faz a gente se sentir feliz, orgulhoso. Então por que não fazer um pouco melhor? Se você tem oportunidade, ela é viável, está ao encontro da sustentabilidade, tem que fazer. E a grande maioria dos produtores tem essa visão, quer uma terra bem conservada”, comenta.

Mais da metade dos integrados da BRF já usa energia limpa

Atualmente, a BRF conta com cerca de seis mil produtores de aves integrados em sete estados brasileiros, que abastecem 24 unidades de frangos, perus e suínos. Segundo a empresa, 3,5 mil produtores já aderiram à energia limpa, o que corresponde a 56% do volume de aves produzidas.

Pelos cálculos da companhia, a economia nas granjas dos integrados chega até a 95% e o volume de energia solar gerado nas propriedades abasteceria uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. 

Para incentivar os integrados, a BRF firmou convênio com o Banco do Brasil e passou a disponibilizar R$ 200 milhões para financiar a instalação dos painéis e oferecer suporte comercial, técnico e jurídico.

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diretor de sustentabilidade da BRF
Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da BRF. Foto: BRF/Divulgação

De acordo com o diretor de sustentabilidade da BRF, o agronegócio de baixo carbono e o aumento do uso de energia renovável fazem parte da Plataforma de Sustentabilidade da companhia, que vem implantando um plano para redução das emissões. 

“O plano de ação está baseado também em outras duas frentes de trabalho: compra sustentável de grãos – a empresa já conta com 100% de rastreabilidade de grãos de fornecedores diretos da Amazônia e do Cerrado e avançou para 90% dos indiretos nesses biomas – e incremento da eficiência operacional, que inclui novas tecnologias de tratamento de efluentes e resíduos”, conta ao Agro Estadão o diretor Paulo Pianez.

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