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Economia

Fávaro: caso em ave silvestre não muda controle de gripe aviária em plantel comercial

País investiga 9 casos suspeitos de contaminação; MG reforça medidas de prevenção à doença

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Broadcast Agro*

29/05/2025 - 11:06

Foto: Ascom Seapi/Divulgação
Foto: Ascom Seapi/Divulgação

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as novas ocorrências de gripe aviária em aves silvestres não alteram a perspectiva de controle e contenção da doença no plantel comercial. “Tivemos 166 casos de gripe aviária em aves silvestres. O Brasil faz parte de rotas migratórias entre o Hemisfério Sul e o Hemisfério Norte e as aves que venham contaminadas ao território brasileiro podem transmitir a gripe aviária a outras aves silvestres”, disse Fávaro a jornalistas, ontem (28), após participar de audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abasteci-mento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

O Brasil confirmou dois novos focos da influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres nesta, um em Montenegro (RS) e outro em Mateus Leme (MG). As notificações em aves e/ou de subsistência não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esses novos focos também não são contabilizados como novas ocorrências da doença dentre o período de 28 dias de vazio sanitário necessário para o país retomar o status de livre de gripe aviária no plantel comercial.

O ministro afirmou que é necessário o sistema sanitário ser robusto e ágil no recolhimento de possíveis carcaças de animais contaminados para que não se tornem novos pontos de proliferação da gripe aviária. “O sistema brasileiro é muito robusto e por isso o Brasil resistiu por tanto tempo sem gripe aviária no plantel comercial. Não estamos livres da ocorrência de novos focos em granjas comerciais, mas, independente disso, o sistema brasileiro vai se reforçando”, observou.

Casos em investigação

O país tem nove suspeitas de gripe aviária com investigação em andamento, conforme atualização feita na manhã desta quinta-feira, 29, no painel de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esclarece que essas investigações podem indicar gripe aviária (H5N1), Doença de Newcastle (DNC) ou outras enfermidades.

UFMunicípioData do atendimentoEspécieTipo de exploraçãoSituação
CEIcapuí21/05/2025BATUIRUÇU-DE-AXILA-PRETAsilvestre – vida livreInvestigação em curso
BAIlhéus21/05/2025POMBOsilvestre – vida livreInvestigação em curso
RJArmação dos Búzios25/05/2025TRINTA-RÉIS-DE-BANDOsilvestre – vida livreInvestigação em curso
DFBrasília28/05/2025IRERÊsilvestreInvestigação em curso
AMManacapuru26/05/2025MARRECO, PATOdoméstica – subsistênciaInvestigação em curso
CEQuixadá22/05/2025GALINHAdoméstica – subsistênciaInvestigação em curso
BAAurelino Leal22/05/2025GALINHAdoméstica – subsistênciaInvestigação em curso
RSAnta Gorda26/05/2025GALINHAdoméstica – comercialInvestigação em curso
MSAmambai26/05/2025GALINHA, PATOdomésticaInvestigação em curso
Atualizado em 29/05 às 08h30

O Zoológico de Brasília foi fechado temporariamente, nessa quarta, por decisão do Governo do Distrito Federal (GDF) após a identificação de um pombo e um irerê mortos nas dependências do Zoo. A medida, segundo comunicado oficial, tem caráter preventivo e visa proteger animais, visitantes e servidores.

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Jardim Zoológico de Brasília
Fechamento temporário do Jardim Zoológico de Brasília é medida de segurança. Foto: GDF/Divulgação

Amostras dos animais foram recolhidas, mas ainda não há previsão para a divulgação do resultado. O GDF destacou que essas aves são de vida livre, ou seja, não fazem parte do plantel do zoo, mas circulam pelo local em razão da oferta natural de abrigo, água e alimento

No total, o país já registrou 166 casos da doença em animais silvestres (sendo 162 em aves silvestres e 4 em leões-marinhos), 3 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e 1 em produção comercial, somando 170 ao todo. Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) em granja comercial no Brasil, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Minas reforça combate à gripe aviária 

A Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seapa) de Minas Gerais e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) intensificaram as ações para conter a propagação do vírus H5N1 no estado. 

As medidas foram detalhadas em coletiva de imprensa nessa quarta-feira, um dia depois do estado decretar Situação de Emergência Sanitária Animal devido ao registro de um caso de gripe aviária em ave ornamental em um sítio na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

“Nosso trabalho está voltado para evitar que essa circulação viral não chegue às aves comerciais. Esse é o ponto no qual tomamos todas as nossas medidas de vigilância”, enfatizou a diretora-geral do IMA, Luiza Castro.

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Entre as iniciativas apresentadas, estão as medidas de biosseguridade nas granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância em propriedades classificadas como de risco. Há também o cadastro e vistoria em criatórios de subsistência e ações sanitárias em eventuais áreas de foco da doença.

Consumo seguro

A secretária-adjunta de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Poliana Cardoso Lopes, esclareceu que a gripe aviária não é transmitida por alimentos bem cozidos. “Não há nenhum risco no consumo de ovos e carne de frango para a saúde humana. O contágio não acontece por meio do consumo, ele ocorre com base no contato direto com as aves infectadas. Então não é uma questão de saúde humana, estamos tranquilos em relação a isso”, explicou.

A transmissão das aves para os humanos não é comum, mas pode ocorrer em pessoas expostas a uma grande carga viral ou com baixa imunidade. A secretária-adjunta alertou para o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos trabalhadores das granjas, garantindo a segurança. Além disso, reforçou a importância de não tocar em aves mortas encontradas e de notificar as autoridades sanitárias.

*Com informações da Redação Agro Estadão

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