Economia

Exportações de ovos seguem em alta, mesmo com tarifa dos EUA

País norte-americano puxa embarques no ano e ABPA ainda não prevê impacto das novas taxas

Redação Agro Estadão

11/08/2025 - 11:50

O Brasil exportou 5,2 mil toneladas de ovos em julho. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) com base na balança comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Isso representa um crescimento de 304,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em relação à receita, o volume gerou um faturamento de US$ 11,8 milhões. O resultado também demonstra uma alta de 340,9% em relação a julho de 2024.

A maior parte desse desempenho no mês veio das exportações aos Estados Unidos, país que vem puxando para cima as vendas internacionais de ovos brasileiros. Em julho, foram 3.774 toneladas (3.035%), com uma receita de US$ 7,5 milhões (3.468,5%).

No comparativo com junho, houve uma queda nas exportações de ovos destinadas ao país norte-americano. No sexto mês do ano, o volume foi de 5.466 toneladas, totalizando US$ 11,4 milhões.

De acordo com a ABPA, esse movimento de um mês para outro é uma “sazonalidade mensal”, observada em outras proteínas também. Quanto ao impacto da tarifa, ABPA acredita que fluxo deve ser mantido.

“Ainda não é possível prever o efeito das questões comerciais com os Estados Unidos sobre os embarques, mas há uma perspectiva de eventual manutenção de fluxo, já que a demanda norte-americana pelo produto segue elevada frente à escassez do produto enfrentada naquele mercado”, destacou em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Exportações de ovos em 2025

Nos sete primeiros meses do ano, o Brasil exportou 30,1 mil toneladas, o que é 207,3% a mais do que o registrado no mesmo período de 2024. A receita também acompanhou o crescimento e soma US$ 20,940 milhões (+232,2%).

Entre os principais destinos, os destaques são:

Estados Unidos, com 18.976 toneladas (+1.419%) e receita de US$ 40,7 milhões (+1.769%);
Chile, com 2.562 toneladas (-27,9%) e US$ 7.533 milhões;
Japão, com 2.019 toneladas (+175,2%) e US$ 4,689 milhões (+163,3%).