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Economia

Aves e suínos: ABPA projeta recorde nas exportações de 2024 e mais expansão para 2025

Associação estima que aumento dos embarques será motivado pela abertura de novos mercados; até agora, RS sofre impacto pela doença de Newcastle

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Sabrina Nascimento | São Paulo

12/12/2024 - 15:51

Foto: Adobe Stock
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A avicultura e a suinocultura do Brasil devem encerrar este ano com novos recordes e também obter crescimento em 2025. A projeção é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que divulgou os dados em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 12. 

No caso da carne de frango, a ABPA prevê produção total de até 15 milhões de toneladas em 2024. Esse volume é cerca de 1,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 14,8 milhões de toneladas. Apesar do crescimento, o resultado fica abaixo da estimativa anual inicial, que era de 15,5 milhões de toneladas.

“Esse resultado tem influência dos episódios que nós passamos aqui. Na primeira vez na história chegou Influenza Aviária em aves silvestres de fundo de quintal e depois, infelizmente, o episódio da doença de Newcastle. Isso fez com que as empresas elevassem muito os seus investimentos em fiscalidade”, ressaltou Ricardo Santin, presidente da ABPA. 

Do total produzido (15 milhões de toneladas), o volume destinado ao mercado interno é quase o mesmo que no ano passado, de 9,7 milhões de toneladas . O consumo  per capita deverá ficar em 45,6 quilos — índice 1,1% acima do registrado em 2023 (45,1 quilos).

Já no mercado internacional, as exportações de carne de frango deverão totalizar 5,3 milhões de toneladas em 2024, registrando alta de 3,1% em comparação ao volume embarcado no último ano, quando o país embarcou 5,1 milhões de toneladas.

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Para 2025, a ABPA projeta produção de cerca de 15,3 milhões de toneladas (+2,7%), com disponibilidade de cerca de 9,9 milhões de toneladas (+2,1%). O consumo deve crescer 2,2%, com 46,6 kg per capita. Mesmo quadro estimado para as exportações: 5,4 milhões de toneladas, alta de 1,9%.

Impactos da doença de Newcastle

O caso da doença de Newcastle, notificada em julho deste ano em uma granja de frangos de corte no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, ainda deixa reflexos no mercado de aves. 

Apesar da notificação de conclusão do caso feita pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em outubro, nove países ainda mantêm o mercado fechado para as exportações de frango gaúcha. Deste total, três países são apontados como prioridade para retomada dos negócios: China, Chile e México. “A prioridade é o Chile, pois só abre depois de uma missão e já estamos conversando com o governo para que essa missão ocorra”, disse Santin. 

Devido ao cenário, os embarques do Rio Grande do Sul devem recuar entre 5% a 7% este ano, segundo a ABPA. 

Carne Suína

No caso da carne suína, a produção deverá fechar o ano de 2024 em 5,3 milhões de toneladas, com crescimento de 3,8% frente ao registrado no mesmo período do ano passado (5,1 milhões de toneladas). 

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A disponibilidade interna da proteína totalizará cerca de 4 milhões de toneladas, número 1,9% superior à disponibilidade registrada no ano passado, quando o país produziu 3,9 milhões de toneladas. O consumo per capita do setor neste ano deve crescer até 3,8%, podendo alcançar 19 kg per capita.

Já as exportações do setor devem fechar o ano com 1,3 milhão de toneladas embarcadas, saldo até 9,8% superior ao registrado em 2023 (1,2 milhão de toneladas).

Para 2025, a ABPA projeta produção de até 5,4 milhões de toneladas, alta de 2% em relação ao ano anterior. As exportações também devem avançar e atingir 1,4 milhão de toneladas, superando em 7,4% o resultado projetado para o encerramento deste ano. Já a disponibilidade interna e o consumo devem ficar estáveis, com 4 milhões de toneladas e 19 kg per capita, respectivamente. 

Filipinas se consolida como o maior comprador de carne suína do Brasil 

Entre janeiro e novembro de 2024, as Filipinas ampliaram suas compras de carne suína brasileira em 107,6% em comparação ao volume comprado no último ano. Esse movimento colocou o país no topo do ranking dos principais países importadores da proteína brasileira, com 19%. 

No mesmo período, a China – que era o principal mercado – reduziu suas compras em 38,9% e agora aparece em segundo lugar (18%) entre os principais destinos. “A China que é o maior importador, que chegou a importar 50% da carne suína brasileira, cai 40% das exportações, e o Brasil ainda cresce nas suas exportações do ano todo, isso mostra a saúde e o vigor de uma indústria exportadora consolidada com 14% do mercado mundial”, destaca Santin. 

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Ovos

Já para o setor de ovos, a produção deste ano deverá alcançar 57,6 bilhões de unidades, número 9,8% maior em relação ao ano anterior (52,4 bilhões de unidades). 

O consumo per capita chegará a 269 unidades em 2024, número 11,2% maior em relação ao registrado no ano anterior, com 242 unidades. As exportações do setor deverão alcançar 18 mil toneladas, volume 29,5% menor em relação ao ano passado, quando o Brasil enviou 25,4 mil toneladas ao exterior. 

Para 2025, o setor projeta produção de 59 bilhões de unidades (+2,4%), com consumo per capita de até 272 unidades (+1,1%) e embarques de 21 mil toneladas (+16,7%). No próximo ano, há ainda a expectativa de abertura de novos mercados. “No mercado internacional, espera-se a abertura do mercado do bloco europeu e do Reino Unido para o produto já no próximo ano, o que deverá mudar o fluxo de exportações para níveis positivos”, informa o presidente da ABPA.

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