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Agro na COP30

Seguro rural verde vai estimular práticas de agricultura regenerativa

Novo modelo de seguro rural visa conectar práticas sustentáveis à gestão, oferecendo condições diferenciadas a produtores que reduzem a pegada de carbono

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Redação Agro Estadão

10/10/2025 - 05:00

Foto: Adobe Stock
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Depois de colher sua primeira safra de soja com até 66% menos pegada de carbono, o Reg.IA — primeiro consórcio de agricultura regenerativa da América Latina —, quer avançar na integração de práticas regenerativas à adaptação de modelos de seguro rural. Para isso, o consórcio anunciou nesta sexta-feira, 10, a entrada da Brasilseg, empresa do grupo BB Seguros, como parte estratégica para apoiar produtores rurais na gestão de riscos climáticos. 

A iniciativa será debatida na COP 30, em Belém, durante as discussões na Casa do Seguro, hub da Confederação Nacional das Seguradoras. Inicialmente, o projeto piloto irá beneficiar produtores de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. 

Na prática, os médios e grandes agricultores que adotarem técnicas regenerativas validadas pelo consórcio — como rotação de culturas, cobertura vegetal e manejo adequado do solo — poderão participar da iniciativa. Nesses casos, serão oferecidas aos participantes condições diferenciadas de seguro, calculadas de acordo com a menor exposição a perdas climáticas. 

As propriedades participantes serão monitoradas por meio de diagnósticos socioambientais e de um score de ESG, visitas de campo, imagens de satélite e acompanhamento remoto. Essa etapa de acompanhamento será realizada pela Produzindo Certo, especializada na estruturação de cadeias agropecuárias sustentáveis. Atualmente, a agtech conta com mais de 10 mil propriedades cadastradas na plataforma e monitora 8,5 milhões de hectares. 

A CEO da Produzindo Certo, Aline Locks, acredita que a parceria abre caminho para um novo modelo de seguro rural no Brasil. “Mais do que mitigar riscos, o seguro rural torna-se um incentivo concreto para a transição regenerativa, garantindo estabilidade ao produtor e credibilidade à cadeia de grãos sustentável”, afirma. Ela ressalta que os dados reais gerados e as práticas regenerativas, são capazes de gerar confiança não apenas para produtores, mas também para compradores e investidores.

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A integração direta entre sustentabilidade e gestão de risco também é avaliada como um diferencial.  “Nós estamos dando um passo decisivo para alinhar ainda mais o seguro rural às transformações necessárias no agro, uma iniciativa que diferencia nossos produtos de outros do mercado. Não é apenas uma ferramenta de proteção e sim um agente de mudança”, afirma Paulo Hora, Superintendente Executivo de Resseguro e Agronegócios da Brasilseg.

Atualmente, o Reg.IA reúne 38 propriedades, 337 talhões e mais de 37 mil hectares cultivados sob práticas regenerativas, com 149,1 mil toneladas de soja e milho produzidas com redução significativa de emissões de carbono — até 82% no milho em relação à média nacional.

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