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Agricultura

Sementes de soja piratas podem causar perdas de R$ 8 bilhões ao País

Estimativa indica que 27% da área da safra 25/26 será cultivada com sementes não certificadas

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Redação Agro Estadão

17/12/2025 - 12:11

Foto: Polícia Civil do RS/Divulgação
Foto: Polícia Civil do RS/Divulgação

Sementes de soja piratas seguem avançando no campo brasileiro. Na safra 2025/26, ao menos 27% da área plantada no País deve usar sementes não certificadas, representando cerca de 13 milhões de hectares fora do mercado formal, de acordo com a dados da Céleres Consultoria, encomendados pela Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass).

O impacto direto do uso de sementes de soja piratas é sentido na produtividade, segundo a entidade. O levantamento indica que o uso de sementes não certificadas resulta, em média, em queda de quatro sacas por hectare. Aplicada à área total fora do sistema formal, essa redução representa 2,8 milhões de toneladas de soja a menos produzidas no país, além da perda estimada de 1,9 milhão de toneladas em exportações e 0,9 milhão de toneladas no consumo interno.

CONTEÚDO PATROCINADO

Os dados mostram ainda perdas econômicas, com 16,4 milhões de sacas de sementes certificadas deixando de ser comercializadas. Isso deve gerar um prejuízo superior a R$ 8 bilhões para o setor de sementes nesta temporada. Apenas de royalties genética, o impacto chega a R$ 590 milhões, comprometendo investimentos em pesquisa, inovação e desenvolvimento de novas cultivares, segundo relatório.

Em abril deste ano, dados também compilados pela consultoria Céleres, mas na ocasião, encomendados pela CropLife Brasil indicaram que a pirataria de sementes de soja gerou perdas anuais de R$ 10 bilhões ao Brasil na safra 2023/24. Naquele ciclo, a área cultivada com sementes ilegais representou 11% da semeadura nacional — proporção equivalente à área total de plantio de soja em Mato Grosso do Sul, quinto maior produtor do País.

Abrass reforça importância da semente certificada

Para o diretor institucional da Abrass, Gladir Tomazelli, trata-se de um efeito em cadeia que compromete toda a estrutura do agronegócio. “Menos sementes certificadas significam menos produtividade, menor geração de empregos qualificados — estimamos cerca de 4,5 mil postos diretos a menos — e menor circulação de renda no agronegócio brasileiro”, disse. 

Já o presidente da entidade, André Schwening, destaca que a escolha por sementes certificadas vai além do cumprimento da legislação. “Trata-se de uma decisão estratégica para o produtor e para o país. Semente certificada é sinônimo de produtividade, competitividade e sustentabilidade econômica. Quando a semente não certificada ganha espaço, todos perdem: o agricultor, a indústria, a pesquisa e o Brasil”, afirma. 

Segundo Schwening, a Abrass seguirá atuando de forma institucional e técnica para fortalecer o mercado formal de sementes e ampliar a conscientização sobre os impactos da pirataria no setor.

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