Sustentabilidade do café brasileiro é defendida em missão na UE
Cecafé apresentou sistema de rastreabilidade de cafés do Brasil; ferramenta promete atender novo regulamento do bloco europeu para importação de produtos livres de desmatamento
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29/04/2024 | 18:05
Por: Sabrina Nascimento
Representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) cumpriram na última semana uma extensa agenda em Bruxelas, na Bélgica, onde fica localizada a sede do Parlamento Europeu. A ação teve o objetivo de defender a sustentabilidade do café brasileiro e seu atendimento ao novo regulamento da União Europeia (UE) para produtos livres de desmatamento (EUDR, em inglês). O encontro fez parte da Missão do Brasil junto à UE, em parceria com o Cecafé.
Na ocasião, a entidade apresentou às autoridades do bloco europeu a plataforma de monitoramento socioambiental Cafés do Brasil, desenvolvida pela Serasa Experian. “Demonstramos como estão sendo feitos a checagem e o monitoramento socioambiental objetivando cumprir a nova regra que entra em vigor agora a partir de dezembro deste ano ou janeiro do ano que vem”, afirmou em vídeo o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos.
De acordo com o executivo, o representante da direção-geral de Meio Ambiente da Comissão Europeia, Emanuele Pitto, elogiou os formatos de compliance socioambiental da plataforma Cafés do Brasil e convidou o Cecafé para realizar uma apresentação e participar dos debates do sistema Multiatores do EUDR.
Diante dessa abertura maior de diálogo, o executivo brasileiro aproveitou para solicitar a flexibilização da aplicação de multas por um período de um a três anos, para que os países menos preparados se adaptem às novas regras europeias. Entre as punições previstas na legislação europeia estão a suspensão das importações, apreensão ou destruição de produtos e multa de até 4% do faturamento anual da empresa operadora. “Sabemos que o novo Parlamento Europeu assumirá o mandato em setembro, mas nada impede que as reuniões sejam antecipadas nesse sentido para, após a posse, continuarmos os debates”, afirma Matos.