Biológico com concentração multiplicada por 10 promete facilidades aos produtores

A Stoller, marca da Corteva, pretende lançar, no próximo ano, o Stimulate 10X. Segundo a multinacional, o produto é uma versão concentrada do tradicional Stimulate, presente no mercado há pelo menos 25 anos. A ideia é trazer mais facilidade ao dia a dia do agricultor, como adiantou com exclusividade ao Agro Estadão o líder Comercial da Corteva Biologicals para o Brasil e Paraguai, Sebastião Ribeiro. 

“O Stimulate é um biorregulador com três hormônios que aumenta a expressão do potencial produtivo das plantas. A partir de 2026, a gente vai começar esse trabalho de divulgação. Estaremos lançando o Stimulate 10X, um produto dez vezes concentrado. Então, eu uso menos embalagem, menos transporte, menos logística, menos estrutura dentro da indústria e isso vai trazer benefícios para o agricultor, que vai ter dez vez menos embalagens”, diz Ribeiro.  

Segundo ele, os registros e a bula de aplicação já estão feitos. A ideia é que o produto possa ser usado para as culturas em que o regulador hormonal já é aplicado. Além disso, a Corteva está analisando se o produto com a formulação concentrada fornece mais resultados de produção em relação ao tradicional. 

Corteva prepara expansão de bioinsumo

Outra novidade que a empresa pretende apresentar é a ampliação das culturas que podem utilizar o UtrishaN (nome comercial na Corteva) ou o BlueN (nome comercial na Stoller). Atualmente, o registro de uso é para os cultivos de milho, soja e batata. A ideia é expandir esse leque. 

“Estamos trabalhando a extensão de uso para outros cultivos. Por exemplo, escutamos de um consultor da área de algodão que a performance do UtrishaN/BlueN no algodão é impressionante. Café e cana são as outras culturas”, afirmou à reportagem o diretor Global da Corteva Biologicals, Raphael Godinho. 

O UtrishaN/BlueN é um biofertilizante foliar que ajuda a planta na absorção de nitrogênio. Em julho, a empresa lançou um projeto para formar fazendas-modelo de produção de milho no Mato Grosso do Sul. A intenção é incluir também o produto no manejo das lavouras, já que há um aumento de produtividade com a aplicação. 

“No milho, pra você ter uma ideia, ele custa em torno de duas sacas e retorna de seis a sete sacas”, acrescenta Ribeiro. Ainda segundo o executivo, o processo de ampliação dos registros já foi iniciado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mas ainda sem uma previsão de término. Somente em soja, milho e batata, a empresa espera alcançar, até o final deste ano, oito milhões de hectares de área tratada com o biofertilizante. 

*Jornalista viajou a convite da Corteva