PUBLICIDADE

Economia

Corteva lança programa de fazendas-modelo de produção de milho em MS

Estado é o quarto maior produtor do grão, mas o nono em produtividade

Nome Colunistas

Daumildo Júnior* | Ponta Porã (MS) | daumildo.junior@estadao.com

27/06/2025 - 09:20

Foto: Daumildo Júnior/Agro Estadão
Foto: Daumildo Júnior/Agro Estadão

A Corteva Agriscience lançou em Mato Grosso Sul um programa que pretende selecionar 30 propriedades que cultivam milho para serem fazendas-modelo de produtividade da cultura no estado. Chamado de “Programa para Incremento da Produtividade de Milho de Mato Grosso do Sul”, a iniciativa conta ainda com parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso Sul (Aprosoja-MS).

Segundo a empresa, a ideia é que essas fazendas-modelo tenham um atendimento personalizado de tecnologias para aumentar a produtividade do milho. As entidades ajudarão na indicação e seleção das propriedades, com a intenção de abranger as mais diversas áreas do estado. Já a Corteva vai auxiliar com as ferramentas — como sementes mais adaptadas para cada região, defensivos, bioinsumos e acompanhamento técnico.

CONTEÚDO PATROCINADO

O lançamento aconteceu na Fazenda Boa Vista do Grupo Pignataro, em Ponta Porã (MS), nessa quinta-feira, 26. A propriedade já é considerada um case, tanto na adoção de sementes melhoradas geneticamente, como na adoção de bioinsumos. Neste ano, aplicou em 100% da lavoura o biofertilizante foliar Utrisha™ N. Com isso, a expectativa é ter uma colheita de 135 sacas por hectare. 

fazendas-modelo
Foto: Daumildo Júnior/Agro Estadão

“A primeira ideia foi, ao invés de criar um experimento numa fazenda que ainda não viu a realidade do que a gente acredita ser uma solução para o estado, foi de trazer para cá [Fazenda Boa Vista], para que os produtores pudessem conferir na fazenda, na propriedade, numa situação real, como que a gente acredita que o Estado pode mudar, transformar essa produtividade de milho e alcançar índices de estados que são referência para eles aqui, como o Mato Grosso”, comentou à reportagem o diretor de Relações Institucionais da Corteva para América Latina, Augusto Moraes.

De olho em tecnologias próprias para o MS

A expectativa das entidades é de que ocorra a criação de novas tecnologias voltadas especificamente para as áreas sul-mato-grossenses. “A gente acredita que um dos principais fatores que tem causado essa limitação na produção do milho é a falta de genética, de variedades desenvolvidas aqui na nossa região. Eu acho que essa parceria vai trazer essa tecnologia e desenvolver materiais mais adaptados para o nosso clima, para a nossa realidade”, destacou o diretor administrativo da Aprosoja-MS, Paulo Renato Stefanello. 

PUBLICIDADE

De acordo com Fábio Caminha, diretor-secretário da Famasul, os critérios para a apresentação e, posteriormente, seleção dos produtores ainda serão definidos. As reuniões de alinhamento devem ocorrer no próximo mês. “Nós ficamos incumbidos no projeto de, dentro das regiões que a Corteva determinar, encontrar aqueles produtores que têm um perfil mais voltado à adesão de tecnologia, porque a gente sabe que tem uma disparidade entre os produtores”, acrescentou.

O programa surgiu de um pedido feito pela ex-ministra da Agricultura e senadora pelo estado, Teresa Cristina (PP-MS), ao comparar os números da produção de milho regionais com outros estados. 

Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2023/2024, os produtores do MS colheram 63,05 sacas de 60 quilos por hectare. Neste ano, a projeção da estatal é de que chegue a 92,46 sacas por hectare. No entanto, da região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul é o estado com a menor estimativa de produtividade para o atual ciclo, ficando atrás dos estados da região Sul, de Minas Gerais e de Roraima. 

Projeto de longo prazo

Como a ideia é que essas 30 fazendas sejam modelos para os demais produtores do estado, o programa deve começar com a aplicação prática na próxima safra (2025/2026), com foco na safrinha de milho. O diretor de Marketing de Sementes da Corteva para Brasil e Paraguai, Anelcindo Souza, esclarece que esse primeiro ciclo deve funcionar como uma espécie de teste sem uma meta estabelecida para produtividade ou número de hectares.

“Na próxima safra já será implementado nessas áreas com a combinação de tecnologias Corteva. Depois, na colheita, mede-se os resultados entre o que é o padrão da região e o obtido com a aplicação tecnológica”, pontua Souza. 

Uma vez validado o programa, a etapa seguinte será de capacitação e formação dos produtores rurais interessados em também ter resultados parecidos com os obtidos pelas fazendas-modelo. Além disso, será feito um acompanhamento ano a ano para saber se as técnicas e inovações estão tendo os efeitos esperados. 

*Jornalista viajou a convite da Corteva

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Produtor do Brasil é o Ayrton Senna da agricultura mundial, diz especialista

Economia

Produtor do Brasil é o Ayrton Senna da agricultura mundial, diz especialista

Debatedores esboçaram, durante o Estadão Summit Agro 2025, em São Paulo, suas visões em relação ao futuro do agronegócio

Em crise histórica, Cotribá busca proteção judicial para evitar colapso financeiro

Economia

Em crise histórica, Cotribá busca proteção judicial para evitar colapso financeiro

Com dívidas que ultrapassam R$ 1 bilhão, cooperativa centenária tenta ganhar tempo para reorganizar operações e negociar com credores

Futuro do agro passa por Seguro Rural e pagamento por serviços ambientais, avalia SRB

Economia

Futuro do agro passa por Seguro Rural e pagamento por serviços ambientais, avalia SRB

No Estadão Summit Agro 2025, presidente da Sociedade Rural Brasileira avaliou questões geopolíticas, como as tarifas dos EUA e o acordo Mercosul-UE

COP 30 superou o temor de ser um tribunal de acusações contra o agro

Economia

COP 30 superou o temor de ser um tribunal de acusações contra o agro

Estadão Summit Agro debate nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, sustentabilidade, relações comerciais e desafios do agronegócio brasileiro

PUBLICIDADE

Economia

China cancela compra de soja de 5 empresas brasileiras

A detecção de resíduos de pesticidas em um carregamento de 69 mil toneladas do grão teria sido o motivo da suspensão temporária

Economia

Estadão Summit Agro 2025 vai debater as principais tendências e desafios para o setor

Evento reúne especialistas nesta quinta-feira, 27, para discutir o legado do agro depois da COP 30, oportunidades com o acordo Mercosul-UE e o uso de IA 

Economia

Parlamento Europeu aprova adiamento da lei antidesmatamento

Texto final ainda precisa ser publicado no Jornal Oficial da UE até o fim de 2025 para que o adiamento entre em vigor; veja o que muda

Economia

Justiça homologa plano de recuperação do Grupo Lavoro

Credores serão divididos em dois grupos com condições diferentes de pagamento; decisão ainda cabe recurso

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.