Economia
USDA no Brasil estima safra de 65 mi de sacas de café em 2025/26
O volume é 0,5% maior que o projetado para 2024/25, de 64,7 milhões de sacas.

Broadcast Agro
20/05/2025 - 18:16

A produção total de café do Brasil na safra 2025/26 (julho-junho) pode alcançar 65 milhões de sacas de 60 kg, estimou o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Brasília (DF). O volume é 0,5% maior que o projetado para 2024/25, de 64,7 milhões de sacas.
A safra de arábica deve recuar 6,4% ante a safra anterior, para 40,9 milhões de sacas em 2025/26, por causa de condições climáticas desfavoráveis, com seca e altas temperaturas. Enquanto isso, a variedade robusta/conilon pode subir 14,8%, para 24,2 milhões de sacas, com clima favorável e uso de técnicas de irrigação, disse o USDA.
O consumo interno total de café do Brasil em 2025/26 foi previsto em 22,28 milhões de sacas (21,3 milhões de sacas de café torrado/moído e 980 mil sacas de café solúvel), ante 21,97 milhões de sacas em 2024/25. “A inflação e os altos preços no varejo continuam a limitar o crescimento do consumo no País, apesar da importância do produto para os consumidores brasileiros”, afirmou a agência em relatório.
Quanto às exportações, o Brasil deve embarcar em 2025/26 um volume de 41,75 milhões de sacas de 60 kg, queda de 5,6% ante 2024/25 (estimado em 44,25 milhões de sacas). O recuo nas projeções foi atribuído à perspectiva de produção menor no País, junto às expectativas de recuperação de outros mercados importantes, como Vietnã e Indonésia.
Segundo o USDA, ainda, as tarifas norte-americanas podem criar oportunidades para o café brasileiro, especialmente o robusta. Isso porque, de acordo com a agência, as tarifas sobre o Brasil são de 10%, enquanto Vietnã e Indonésia enfrentam porcentuais maiores, de 46% e 32%, respectivamente.
Os estoques finais totais na nova temporada no Brasil foram estimados em 1,68 milhão de sacas, recuperação expressiva ante a temporada 2024/25, que teve as reservas projetadas em 640 mil sacas. O USDA destacou que, no ano passado, produtores quase esgotaram os estoques ao intensificar as exportações, devido a uma quebra na safra e aos fortes aumentos de preço.

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