Economia
Safra de laranja 25/26 deve crescer 36% no cinturão citrícola
Projeção positiva se deve a condições climáticas favoráveis e aumento da área produtiva
Redação Agro Estadão
05/06/2025 - 10:47
A produção de laranja na safra 2025/26 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve alcançar 314,6 milhões de caixas de 40,8 kg, crescimento de 36,3% em relação ao ciclo anterior. A estimativa foi divulgada no 1º Levantamento da Safra, elaborado pelo Fundecitrus, em parceria com Markestrat, FEA-USP e FCAV/Unesp, com análise do Departamento Econômico da Faesp.
De acordo com o documento, o aumento é atribuído principalmente às condições climáticas mais regulares, que favoreceram a segunda florada, responsável por cerca de 70% da produção total. Também pesaram positivamente a ampliação em 7,7% da área produtiva e ainda o “avanço no manejo fitotécnico e controle de pragas e doenças”.
A produtividade média estimada no cinturão citrícola é de 869 caixas por hectare, alta de 26,5% frente à safra passada. O destaque fica para o setor Sudoeste, que abrange regiões como Avaré e Itapetininga, com produtividade projetada de 1.103 caixas por hectare — a maior entre os polos produtores.
Já o setor Noroeste, onde estão municípios como Votuporanga e São José do Rio Preto, terá desempenho inferior, ainda que em crescimento: 551 caixas por hectare, o menor índice entre as regiões analisadas.
Entre as variedades, as tardias puxam a recuperação, especialmente a Natal, cuja produtividade deve subir quase 50%. As variedades precoces, como Hamlin, Westin e Rubi, também apresentam bom desempenho, com aumento médio de 27,5%.
Apesar do cenário favorável, o levantamento aponta um índice de queda de frutos de 20%, representando aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao ciclo anterior. O relatório atribui esse fator à intensificação do greening no cinturão citrícola e ao atraso na colheita, provocado pela concentração da segunda florada. “A recuperação do potencial produtivo é reflexo direto do equilíbrio climático e da retomada gradual das condições fisiológicas das plantas, após três safras marcadas por adversidades severas”, ressalta o relatório técnico.
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