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Economia

Além do México, China libera as exportações brasileiras de frango; restrição para o RS segue mantida

Governo brasileiro já negocia retomada das exportações de frango do estado gaúcho, que teve o fim da emergência zoossanitária declarada na terça

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Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com | Atualizada às 11h - 08/08/2024

07/08/2024 - 11:56

Foto: Adobe Stock
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A China já comunicou o governo brasileiro nesta quarta, 7, sobre a retirada da restrição da compra de carne de frango e derivados, mas pediu mais informações sobre os atuais estoques, para definir se libera também o que ficou retido durante a suspensão das vendas.

Na noite desta terça-feira, 6, o governo do México comunicou que as exportações de carne de frango e derivados do Brasil podem ser retomadas, porém a produção do Rio Grande do Sul continua suspensa. A decisão foi tomada pouco mais de dez dias após o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) comunicar a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) a finalização do foco da doença de Newcastle no RS.

Com a retomada, poderão ser exportados, inclusive, os produtos que estavam em estoques desde o dia 18 de julho, quando foi confirmado o foco da doença no município de Anta Gorda (RS). A exceção, é claro, é para os produtos gaúchos. 

Porém, a emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul foi finalizada pelo governo brasileiro nesta terça, 6, e oficializada com a publicação da Portaria 1.161, no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta, 7. Por isso, o secretário de Relações Comerciais e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, diz que já começou a negociação para tirar a restrição do estado gaúcho. 

“Nós já mandamos hoje de manhã [quarta, 7] o documento, mas eles precisam processar a informação. Acredito que mais uma semana, no máximo, a gente consiga reverter a situação do Rio Grande do Sul”, conta Perosa ao Agro Estadão.

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Restrição à carne gaúcha ainda está mantida

O secretário Roberto Perosa antecipou à reportagem com exclusividade que os documentos complementares com informações sobre os estoques dos produtos já foram enviados às autoridades asiáticas. “Eu acho que mais uns dois dias”, disse Perosa sobre o prazo para que a boa notícia seja formalizada oficialmente. 

O Agro Estadão já havia adiantado que tanto México quanto China deveriam liberar as exportações em um curto período. Com isso, apenas a Argentina não avançou nas negociações, mantendo o embargo.  

Do Rio Grande do Sul, seguem com restrição às exportações a África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, México, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai. 

Já dos cinco municípios do raio afetado, não podem ser exportados produtos para Albânia, Chile, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã.

Relembre o caso da doença de Newcastle

O foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul foi confirmado no dia 17 de julho, após a morte de sete mil aves em uma granja comercial em Anta Gorda. Os trabalhos de fiscalização e vigilância vistoriaram quase 900 propriedades rurais no raio de até 10 km do foco e garantiram que o vírus não se espalhasse. 

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O Brasil é o maior exportador de carne de frango no mundo, e envia o produto para mais de 170 países.  Em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 9,61 bilhões, representando 5 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A China foi o destino de 682,2 mil toneladas de carne de frango no passado, o equivalente a US$ 1,6 bilhão. O México importou 171,5 mil toneladas, com receita de US$ 367,3 milhões. A Argentina comprou 5,3 mi toneladas, somando US$ 14,06  milhões. Os dados são do Ministério da Agricultura. 

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