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Economia

Exportações de frango caem em março quando comparado ao ano passado, mas ABPA aponta comportamento atípico

Expectativa da entidade é de ampliação das exportações brasileiras nos próximos meses

2 minutos de leitura 05/04/2024 - 12:14

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Da Redação

Foto: Adobe Stock
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As exportações de carne frango em março, tanto in natura como processadas, caíram 18,8% em volume e 23,4% em receita, na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram vendidos 514,6 mil toneladas da proteína. É o que aponta o levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgado nesta sexta, 05.

Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, essa queda é justificada por um movimento fora do padrão em março do ano passado. “Houve um comportamento atípico no mês de março do ano passado, único momento em que a barreira de 500 mil toneladas foi rompida no histórico das exportações de carne de frango. Isto cria uma ideia equivocada em relação ao mês de março deste ano”, disse em nota.

Santin ainda acrescentou que o resultado de março deste ano estava dentro do previsto e se manteve acima da média histórica para o período, que é de 400 mil toneladas. O levantamento da ABPA aponta que o Brasil exportou no terceiro mês de 2024 cerca de 418,1 mil toneladas, o que gerou uma receita de US$ 751,3 milhões.

Em relação ao trimestre inicial do ano, as exportações alcançaram 1,220 milhão de toneladas, o que é 7,2% menor do que no mesmo período do ano passado. As receitas também registraram queda no acumulado dos três meses, saindo de US$ 2,573 bilhões em 2023 para U$ 2,141 bilhões.

Na visão do diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, os próximos meses podem ampliar as exportações da proteína brasileira já que alguns países do mundo devem ter impactos da gripe aviária. “De maneira geral, o mercado mundial apresenta neste momento equilíbrio entre oferta e demanda, o que deverá favorecer os exportadores brasileiros nos próximos meses, especialmente em um contexto de recrudescimento da influenza aviária em alguns países concorrentes”, afirmou Rua.

Quanto aos destinos, o Oriente Médio tem aumentado a participação com os Emirados Árabes Unidos liderando o ranking (+16,2% em relação a março de 2023). Em seguida vem China (-48,9%) e Arábia Saudita (+3,9%).

Entre os estados mais exportadores, a região Sul lidera. O Paraná está na ponta com 172,3 mil toneladas embarcadas no mês de março (-19,6% que em março de 2023). Santa Catarina vem em segundo lugar, com 94,5 mil toneladas (-9,6%). Rio Grande do Sul completa o trio, com 56,8 mil toneladas (-23,4%).

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