Economia
Agropecuária termina junho com 25,8 mil novos empregos
Análise foi feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e mostra que cultivo de soja foi a atividade que mais contribuiu com saldo

Redação Agro Estadão
08/08/2025 - 10:33

O setor agropecuário registrou um saldo positivo de postos de trabalho no mês de junho. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e indicam 25,8 mil contratações a mais do que demissões.
Análise feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) mostra que o cultivo de soja foi a atividade que mais contribuiu com novos empregos, com 4,4 mil vagas. Outras atividades de destaque nesse mês foram:
- cultivo de laranja: 3,2 mil vagas;
- cultivo de alho: 2,6 mil;
- cultivo de café: 2,4 mil;
- atividades de apoio à pecuária não especificadas: 1,8 mil.
Quanto às atividades com mais perdas do que admissões, o cultivo de batata inglesa foi o maior, com menos 445 postos. Cultivos de pimenta do reino (-339), dendê (-264), arroz (-259) e sementes certificadas, com exceção de forrageiras para pasto (-217), também registraram movimento de queda.
Entre as regiões, todas tiveram mais contratações do que demissões no setor agropecuário. A lista tem:
- Sudeste, com saldo 14 mil novas vagas;
- Centro-Oeste, com 6,7 mil;
- Nordeste, com 3,9 mil;
- Norte, com 790;
- Sul, com 239.
Das 27 unidades federativas, 23 apresentaram resultado positivo na criação de empregos na agropecuária. Minas Gerais (+12,2 mil), São Paulo (+6,3 mil) e Mato Grosso (+5,3 mil) se destacaram. Os estados que tiveram mais demissões do que contratações foram Espírito Santo (−4.893), Rio Grande do Sul (−196), Paraná (−54) e Roraima (−11).
Na composição de todos os setores, o Brasil gerou 166,6 mil novos empregos, sendo o setor de Serviços o de maior volume, com 77 mil novas vagas criadas. Comércio vem logo em seguida, com 32,9 mil postos. Indústria (+20,1 mil) e Construção (+10,6 mil) completam o quadro junto com o setor agropecuário, que foi o terceiro que mais gerou postos de trabalho.

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