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Governo e arrozeiros vão monitorar preços após desistência de leilões

Convencido de que leilão de arroz foi má ideia, governo aceita monitorar preços; setor diz que recuo já estabiliza mercado

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Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com

04/07/2024 - 16:33

Foto: Adobe Stock
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Duas reuniões selaram a paz entre os arrozeiros e o governo federal, após os polêmicos leilões de arroz. Os encontros aconteceram nesta quarta-feira, 03, em Brasília e terminaram com a assinatura de um termo de compromisso e responsabilidade. A ideia é monitorar os preços para que fiquem em um patamar considerado ideal. “Onde houver problema de abastecimento, o setor se compromete a colocar mais produto para o preço baixar”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Esse monitoramento dos preços será coordenado pela Câmara Setorial do Arroz, de acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Ao Agro Estadão, Alexandre Velho disse que o governo se convenceu de que o país não precisa importar arroz.

“O governo entendeu do grande risco que era continuar com essa ideia dos leilões e também da grande ameaça ao setor se nós tivéssemos uma importação em grande volume”, afirmou. Segundo Velho, a partir de agora, “para toda e qualquer decisão do governo, o setor produtivo vai ser chamado para conversar”.

Arroz entre R$ 5 e R$ 7

A desistência do governo em realizar leilão de arroz já teria surtido efeito no mercado, na avaliação da Federarroz. “O governo recuando traz normalidade ao mercado e, consequentemente, uma estabilidade nos preços. É isso que o governo quer”, diz o presidente Alexandre Velho.

Enquanto o governo federal quer que os preços do arroz fiquem entre R$ 5 e R$ 6 o quilo, o setor considera adequados valores entre R$ 5 e R$ 7.

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Fávaro diz que leilão não é mais prioridade

Mesmo com o acordo entre governo e setor, o ministro da Agricultura disse que o governo vai importar o cereal, se considerar necessário, porém o objetivo é buscar outras alternativas. A fala foi durante a coletiva de imprensa, após o anúncio do Plano Safra 2024/2025, nesta quarta-feira, 03, em Brasília.

Carlos Fávaro disse que já é possível encontrar arroz a preços inferiores a R$ 20 (a embalagem de 5 kg) e que a média está sendo entre R$ 23 e R$ 27. “Isso atende à necessidade de controle inflacionário. Temos uma reunião hoje para tratar disso, que neste momento não se faz necessário outro leilão de arroz, e sim o estímulo a produzir mais, que já era algo que nós tínhamos pactuado em março com o presidente”, disse.

O Agro Estadão já havia adiantado que não existia garantia de realização de um novo leilão.

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