PUBLICIDADE
Banner Topo Post Agro na COP10

Agro na COP30

COP 30 discute a aquicultura como motor da bioeconomia

Setor aquícola responde por 0,5% das emissões; cultivo de algas, moluscos e peixes é visto como caminho para gerar renda e reduzir emissões

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão

19/11/2025 - 11:00

Foto: Jefferson Christofoletti
Foto: Jefferson Christofoletti

A aquicultura é uma solução promissora e de baixa pegada de carbono para os desafios da segurança alimentar e das mudanças climáticas. Essa foi a conclusão do painel “Sistemas agroalimentares aquáticos”, realizado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), nesta semana, na COP 30, em Belém (PA). O debate reuniu especialistas que destacaram a eficiência produtiva do setor e seu potencial regenerativo.

Segundo o coordenador-geral de Desenvolvimento da Aquicultura em Águas da União, Felipe Bodens, entre as cadeias de produção de proteína animal, a aquicultura tem a menor pegada de carbono. De acordo com ele, enquanto a agropecuária é responsável por 20% a 37% das emissões globais de gases de efeito estufa, a aquicultura contribuiu com apenas 0,5% dessas emissões em 2017.

CONTEÚDO PATROCINADO

Patrícia Valenti, professora do Centro de Aquicultura da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), citou o uso de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas na Amazônia para viveiros de aquicultura como uma alternativa viável e de menor impacto ambiental.

Além disso, destacou o cultivo de macroalgas na Bahia e a produção de spirulina (cianobactéria também chamada de alga azul-verde) para a indústria farmacêutica no interior de São Paulo, que geram renda e contribuem para alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Aposta nas algas 

O debate também abordou o potencial do cultivo de ostras, mariscos (moluscos bivalves) e algas. Esses organismos são considerados neutros ou quase neutros em carbono e desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade da água, mitigando a eutrofização e a acidificação de ambientes costeiros.

PUBLICIDADE

A cultivo de algas, a algicultura, em particular, foi apontada como a “grande aposta” para enfrentar a crise climática. As algas já são utilizadas para a alimentação humana, cosméticos e embalagens biodegradáveis, entre outros, mas também oferecem alternativas sustentáveis ​​ao plástico, aos insumos derivados do petróleo e aos produtos químicos sintéticos.

Chantal Line Carpentier, chefe do departamento de comércio da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), endossou o potencial das algas, que já representam 30% do volume da aquicultura global. “Algas não são apenas um recurso, são uma plataforma para a bioeconomia”, afirmou.

Ela disse ainda que espera a participação do Brasil na Iniciativa Global das Nações Unidas para as Algas Marinhas (UNGSI). A plataforma colaborativa já reúne organismos da ONU e os governos de Madagascar, Indonésia e França.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Embrapa e Japão assinam acordo para a recuperação de áreas degradadas 

Agro na COP30

Embrapa e Japão assinam acordo para a recuperação de áreas degradadas 

Fávaro não confirma valores, mas diz que agência do Japão também fará aporte para programa Caminho Verde Brasil

Conab compra 146 toneladas de alimentos da agricultura familiar para abastecer COP 30

Agro na COP30

Conab compra 146 toneladas de alimentos da agricultura familiar para abastecer COP 30

Ação inédita garante alimentos frescos e reforça renda de pequenos produtores; 30% dos ingredientes servidos na COP serão da agricultura familiar

Embrapa cria 'coworking' para pesquisas no agro

Agro na COP30

Embrapa cria 'coworking' para pesquisas no agro

Inovação foi lançada na COP 30 e já tem empresas interessadas em pesquisar sistemas agroflorestais no próximo ano

Fávaro: objetivo na COP é captar recursos para recuperar de áreas degradadas

Agro na COP30

Fávaro: objetivo na COP é captar recursos para recuperar de áreas degradadas

Um dos projetos alvo para captação de recursos é o programa Caminho Verde Brasil

PUBLICIDADE

Agro na COP30

Na COP 30, pecuária busca com tecnologia reposicionar discurso sobre o setor

Discussão na AgriZone reforçou que o setor entrega sustentabilidade e precisa tornar ações mais visíveis ao público interno e externo

Agro na COP30

Brasil lança guia sobre gestão de dejetos para redução de metano

Desenvolvido pelo Mapa em parceria com a Embrapa e instituições ligadas ao clima, material foi apresentado na COP 30

Agro na COP30

Selo Carne Baixo Carbono é lançado na COP 30

Certificação reúne critérios técnicos para monitorar propriedades que aplicam sistemas de produção de baixo carbono; MBRF será a primeira empresa a utilizar o selo

Agro na COP30

Coalizão de mercado de carbono tem adesão de 18 países na COP 30

Iniciativa busca padronizar regras, integrar sistemas de comércio e reforçar a integridade ambiental no cumprimento do Acordo de Paris

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.