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Sustentabilidade

Usinas de cana em SP poderão usar resíduos urbanos para gerar energia

Parceria firmada entre Unica e Cetesb visa ampliar o aproveitamento de resíduos, além da vinhaça, como fonte de energia renovável

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Redação Agro Estadão

04/11/2025 - 18:45

 Natália Resende, secretária de meio ambiente infraestrutura e logística; Tarcísio de Freitas, governador de SP; Thomaz Toledo, diretor-presidente da Cetesb; Evandro Gussi, presidente da Unica. Foto: Unica/Divulgação
Natália Resende, secretária de meio ambiente infraestrutura e logística; Tarcísio de Freitas, governador de SP; Thomaz Toledo, diretor-presidente da Cetesb; Evandro Gussi, presidente da Unica. Foto: Unica/Divulgação

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) firmaram parceria para deixar o setor do açúcar e do etanol “mais moderno, sustentável e com regras mais claras”, como classificou os envolvidos. 

A ideia é que as usinas sucroalcooleiras trabalhem com mais segurança, aproveitando melhor os resíduos e reforçando o papel da cana-de-açúcar na produção de energia limpa. O acordo foi assinado durante evento do governo estadual pré-COP30, o Summit Agenda SP + Verde realizado nesta terça-feira, 04

CONTEÚDO PATROCINADO

Na prática, a parceria vai permitir atualizar normas e criar novas orientações para o uso dos restos da produção de etanol e açúcar — como a vinhaça e a torta de filtro, que podem virar fertilizantes ou até fonte de energia. Isso faz parte do que se chama de economia circular, quando nada é desperdiçado e tudo é reaproveitado.

Segundo o presidente da Unica, Evandro Gussi, o setor vem ganhando força justamente por aproveitar melhor os resíduos da cana. “Estamos ampliando o uso da biomassa, que é o material orgânico que sobra da produção, e encontrando formas de transformar o que antes era lixo em energia e fertilizante”, explicou.

Combustíveis industriais e capacitação

O acordo também inclui estudos para o uso de novos tipos de combustível feitos a partir de resíduos — o chamado Combustível Derivado de Resíduos (CDR) — em caldeias industriais, ajudando empresas a reduzir o uso de combustíveis fósseis e, com isso, as emissões de poluentes.

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Outro ponto importante é a capacitação profissional. A Cetesb e a Unica vão oferecer um curso para engenheiros e técnicos do setor, com foco em licenciamento ambiental e atualização das regras. A primeira turma deve ter cerca de 80 participantes. “O interesse foi grande porque o setor acredita no diálogo técnico com a Cetesb e quer trabalhar dentro das normas de forma mais eficiente e sustentável”, disse Luciano Rodrigues, diretor da Unica.

Para Thomaz Toledo, diretor-presidente da Cetesb, o acordo marca uma nova fase na relação entre a agência ambiental e as empresas do setor. “O setor do açúcar e do etanol é fundamental para a transição energética em São Paulo. Essa parceria mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, afirmou.

O acordo terá duração inicial de um ano, podendo ser renovado. Um comitê formado por especialistas das duas instituições vai acompanhar as ações, propor melhorias e avaliar os resultados.

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