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Pecuária

Raças de porco: conheça as principais e suas características

A escolha da raça suína é estratégica para o produtor rural que busca alta produtividade e qualidade no mercado

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Redação Agro Estadão*

02/08/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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O Brasil é um celeiro de diversidade suína, mas poucos produtores exploram todo o potencial dessas raças. Enquanto algumas impressionam pela carne marmorizada, outras surpreendem com ninhadas numerosas ou resistência ao calor brasileiro.

Para os produtores rurais, entender essas diferenças é essencial para tomar decisões informadas e otimizar sua produção e lucro.

A importância de conhecer as raças de porco

Entender as diferentes raças de porco é essencial para os produtores rurais que buscam otimizar sua produção. A escolha da raça impacta diretamente em aspectos como ganho de peso, conversão alimentar, qualidade da carne, resistência a doenças e adaptação ao ambiente de criação. 

Além disso, o conhecimento das características específicas de cada raça permite ao produtor alinhar sua escolha com os objetivos da produção, seja para carne, reprodução ou nichos de mercado específicos.

De acordo com o relatório da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) de 2023, as raças Landrace e Large White lideram o plantel nacional, seguidas por Duroc, Pietrain e Hampshire.

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Principais raças de porco no Brasil e suas características

Large White

Foto: Adobe Stock

A Large White é uma das raças mais importantes globalmente e no Brasil. Originária da Inglaterra, essa raça se destaca por sua alta prolificidade e excelente habilidade materna. 

Os suínos Large White apresentam um bom crescimento e produzem uma carcaça magra, características altamente valorizadas no mercado atual.

Uma das principais vantagens da raça Large White é sua versatilidade. Esses animais se adaptam bem a diferentes sistemas de produção, desde os mais intensivos até os semi-intensivos. Além disso, sua carne é conhecida por ter boa qualidade, com baixo teor de gordura e boa textura.

Landrace

raças de porco
Foto: Adobe Stock

A raça Landrace, originária da Dinamarca, é outra peça fundamental na suinocultura brasileira. Assim como a Large White, a Landrace é conhecida por sua alta prolificidade e excelente desempenho reprodutivo. 

Esses suínos produzem carcaças com alto percentual de carne magra, atendendo às demandas do mercado consumidor por cortes mais saudáveis.

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Uma característica marcante da Landrace é seu corpo longo e fino, com orelhas caídas para frente. Essa conformação corporal está associada a uma maior produção de bacon. 

Além disso, as fêmeas Landrace são conhecidas por sua excelente produção de leite, o que favorece o desenvolvimento dos leitões. 

Duroc

raças de porco
Foto: Adobe Stock

A raça Duroc, originária dos Estados Unidos, destaca-se por sua rusticidade e excelente ganho de peso. Contudo, sua característica mais notável é a qualidade superior da carne, que apresenta maior marmoreio, melhor coloração e suculência. 

Essas qualidades tornam a carne Duroc particularmente apreciada em mercados que valorizam atributos sensoriais diferenciados.

Os suínos Duroc são reconhecidos por sua pelagem avermelhada e porte robusto. Sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes e sistemas de criação é um ponto forte, tornando-os uma opção versátil para os produtores. 

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Além disso, a raça é conhecida por sua eficiência alimentar, convertendo bem a ração em ganho de peso.

Raças de porco Hampshire e Pietrain

Porco Hampshire. Foto: Adobe Stock

A raça Hampshire, originária dos Estados Unidos, é conhecida por sua carcaça magra e musculosidade. Uma característica distintiva é o “cinturão” branco que circunda o corpo do animal, contrastando com sua pelagem preta. 

Os suínos Hampshire são valorizados por sua eficiência na conversão alimentar e pela qualidade da carne.

Por outro lado, a raça Pietrain, de origem belga, é reconhecida por sua extrema musculosidade e baixo teor de gordura. Esses animais produzem carcaças com alto rendimento de carne magra, atendendo às demandas do mercado por cortes mais enxutos. 

No entanto, é importante notar que a raça pode ser mais suscetível ao estresse, o que requer atenção especial no manejo.

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Tanto Hampshire quanto Pietrain são frequentemente utilizadas como linhas paternas em programas de cruzamento. O objetivo é otimizar o rendimento de carne magra na progênie, combinando essas características com as qualidades maternas e de crescimento de outras raças. 

Raças de porco nacionais: Piau, Canastra e Moura

raças de porco
Foto: Projeto Porco Moura UFPR/Divulgação

As raças suínas nativas brasileiras, como Piau, Canastra e Moura, desempenham um papel importante na conservação da biodiversidade e na adaptação às condições locais. 

Essas raças são fruto de séculos de seleção natural e artificial, resultando em animais bem adaptados ao clima e às condições de manejo típicas do Brasil.

A raça Piau, originária do Nordeste brasileiro, é conhecida por sua rusticidade e resistência a doenças. Esses suínos apresentam uma pelagem preta com manchas brancas e são valorizados por sua capacidade de adaptação a sistemas de criação extensivos. 

A carne do Piau é apreciada por seu sabor característico, sendo utilizada em pratos tradicionais da culinária regional.

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A Canastra, desenvolvida no estado de Minas Gerais, é uma raça de porte médio conhecida por sua docilidade e boa conversão alimentar. 

Esses suínos se adaptam bem a sistemas de criação ao ar livre e são valorizados por produzirem uma carne saborosa e com boa quantidade de gordura intramuscular.

A raça Moura, originária do Sul do Brasil, destaca-se por sua rusticidade e adaptabilidade às condições climáticas mais frias. Esses suínos apresentam uma pelagem preta característica, sendo conhecidos por produzirem uma carne de excelente qualidade, com bom marmoreio e sabor distintivo.

As raças nativas brasileiras têm ganhado destaque em sistemas de produção alternativos, como os extensivos e semi-intensivos. Sua rusticidade e adaptabilidade às condições locais as tornam ideais para criações orgânicas ou de baixo impacto ambiental. 

Um estudo recente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2022) sobre polimorfismos genéticos em raças nativas e comerciais revelou a intensa miscigenação no rebanho brasileiro contemporâneo. 

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Essa pesquisa destaca o papel das raças Landrace, Large White e Duroc na formação do plantel nacional, ao mesmo tempo em que ressalta a importância da preservação das características únicas das raças nativas.

A diversidade de raças suínas disponíveis no Brasil oferece aos produtores rurais uma ampla gama de opções para atender às diferentes demandas do mercado. 

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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