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Fábrica de insetos: saiba como são criadas as vespas brasileiras

Empresa espera aumentar em quatro vezes o faturamento com biológicos, o que inclui a produção de vespas parasitas; insetos ajudam a controlar o percevejo-marrom

3 minutos de leitura 02/08/2024 - 05:00

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Daumildo Júnior* | Piracicaba | daumildo.junior@estadao.com

Percevejos criados na fábrica de insetos. Foto: Daumildo Júnior
Percevejos criados na fábrica de insetos. Foto: Daumildo Júnior

Eles podem causar pavor em alguns, mas a verdade é que os insetos também podem oferecer grande ajuda ao produtor rural. É o caso das vespas brasileiras, que têm potencial para diminuir a presença de um outro inseto considerado uma das principais pragas da soja, o percevejo-marrom. 

Na terceira reportagem sobre o controle desses sugadores, o Agro Estadão entrou em uma verdadeira fábrica de insetos. O pesquisador e sócio da Vivus, Heraldo Negri, explicou como funcionam as etapas de produção dos ovos parasitados que, depois, se transformam em vespas.

Conheça a fábrica em primeira mão: 

Edição de vídeo: Amanda Botelho/TV Estadão

Ao todo 35 pessoas trabalham na fábrica que produz, por mês, aproximadamente 300 litros de ovos de percevejo. Esses ovos serão parasitados pelas vespas e espalhados pelas propriedades rurais. Segundo a empresa, a quantidade é suficiente para cobrir uma área de 50 mil hectares. 

Especialistas dizem que a tecnologia para produção em larga escala é algo revolucionário. Isso porque é a primeira vez que se consegue criar e produzir essa quantidade de ovos parasitados. “Muitos tentaram, mas não conseguiram fazer a quantidade que fazemos hoje”, afirma Negri.

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Mercado de biológicos é aposta da Nitro para quadruplicar faturamento até 2028

Desde 2019 no ramo do agronegócio, a Nitro tem como um dos seus pilares no agro o desenvolvimento de tecnologias de insumos biológicos. No ano passado, ao fazer uma joint venture com a Vivus, a empresa montou uma dinâmica para impulsionar as vendas da vespa parasita. A expectativa é de que até o final deste ano sejam produzidos ovos suficientes para cobrir uma área de 480 mil hectares. 

Além disso, como revela o diretor de Marketing Agro da Nitro, Jonas Cuzzi, a estimativa da empresa é de que as linhas de biológicos que hoje rendem cerca de R$ 200 milhões possam quadruplicar até 2028. “O segmento de biológicos é a nova tendência da agricultura. E a Nitro quer estar sempre em uma posição de vanguarda. A gente entendeu que esse segmento casa o aspecto de ter um futuro promissor e tem possibilidade de diferenciação”, comenta Cuzzi ao Agro Estadão.

Além das vespas parasitóides, a Nitro também tem outros produtos à base de biológicos. A intenção é ampliar o portfólio e isso pode começar já no próximo ano. “Vamos lançar no ano que vem dois produtos também biológicos, avançando no uso de bactérias. Serão um biofungicida e um produto para controle de nematoides”,  anuncia o diretor. 

Quanto às observações sobre o mercado de biológicos, Cuzzi é firme em dizer que o “crescimento é exponencial”. “Eu vejo que esse mercado, incluindo os bioestimulantes, em 2028, estará acima de R$ 22 bilhões só no Brasil”, analisa. 

Também visualizando essa tendência da agricultura, a unidade Soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem desenvolvendo algumas pesquisas nessa direção. O pesquisador da entidade, Adeney de Freitas Bueno, elencou o que vem sendo estudado.

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“Na parte de controle de pragas, o controle biológico tem crescido e uma das ondas que tem sido pesquisado são organismos editados geneticamente. Há outras tecnologias também sendo estudadas como uso de extrato de plantas com a chamada química verde”, concluiu.

Confira as outras reportagens da série sobre o controle do percevejo-marrom:

Entenda como vespa brasileira pode ser ferramenta para combate à praga na soja

Percevejo-marrom: um inseto a cada metro linear pode reduzir produtividade em até 75 kg de soja por hectare

 *Jornalista viajou a convite da Nitro

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