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Internacionalização da ABIEC será principal diretriz, diz Perosa

No próximo ano, a Associação abrirá escritórios nos EUA, na Europa e na China

Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com | Sabrina Nascimento | São Paulo | Atualizada em 13/12/2021 às 13h09

12/12/2024 - 18:39

Foto: Mapa/Divulgação
Foto: Mapa/Divulgação

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) terá um novo presidente a partir do dia 06 de janeiro de 2025. Antônio Camardelli passa a chefia da associação para Roberto Perosa. 

Perosa saiu do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no início de outubro, onde ocupava o cargo de secretário de Comércio e Relações Internacionais. A posse está marcada para a próxima segunda-feira, 16, mas o ex-secretário só assumirá oficialmente a partir de janeiro. 

Em conversa com o Agro Estadão, Perosa afirmou que a principal diretriz de sua gestão será a internacionalização do setor. Com esse foco, serão abertos três escritórios da ABIEC nos Estados Unidos, na Europa e na China. “Nos Estados Unidos, que virou um grande mercado para carne brasileira. Na Europa, para desmistificar qualquer ideia que tenham contra a carne do Brasil, haja visto os eventos recentes. E na China, que é o nosso principal mercado consumidor, para ter essa relação mais próxima com os importadores e autoridades chinesas”, explicou Perosa. Segundo ele, as unidades devem ser abertas no primeiro semestre de 2025. 

Esforços também serão direcionados para a conclusão da abertura de quatro novos mercados: Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Turquia. Para tentar acelerar esse processo, já há viagens agendadas para o Japão e o Vietnã, em fevereiro. 

Na visão do ex-secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o protecionismo é o principal desafio a ser superado para acessar esses mercados. “Nós já exportamos para quase 150 países, mas não para esses quatro, que representam cerca de 30% do mercado de proteína bovina do mundo. Então, é importante que o Brasil esteja inserido e possa ter competitividade para participar desses mercados”, destacou. 

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Acordo Mercosul-UE

Há perspectivas positivas também em relação ao acordo Mercosul-UE. Apesar de não enxergar o tratado como de livre comércio, já que se trata de redução de tarifas e aumento de cotas, Perosa avalia, no entanto, que haverá ganhos para o agronegócio brasileiro como um todo, em especial, para as carnes bovinas. 

“Se por um lado a União Europeia vai exportar muitos bens industrializados para o Brasil, a gente vai exportar o que temos de melhor, que são os produtos do agronegócio, principalmente a carne bovina. […] Então, não haverá uma inundação de carne bovina brasileira na Europa. E o intuito das indústrias brasileiras é de estabelecer parcerias, complementaridades com as empresas europeias e com os produtores europeus”, ressaltou. 

Brasil livre de aftosa sem vacinação 

Para maio de 2025, o setor de carne bovina espera o reconhecimento internacional do Brasil como área livre de aftosa sem vacinação. A homologação é de responsabilidade da Organização Mundial de Saúde Animal. Este ano, o país avançou no plano nacional de erradicação da doença, com a última imunização contra febre aftosa para 12 estados e parte do Amazonas. 

Perosa acredita que a autodeclaração do governo brasileiro foi uma atitude corajosa. Ele avalia que o novo status vai trazer mais segurança para os compradores internacionais sobre a qualidade da carne brasileira. “Vai ser um novo momento comercial muito positivo para o Brasil e vai alavancar ainda mais as vendas dos nossos produtos”, afirmou. 

Como parte do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa,  cada estado tem que criar fundos emergenciais de defesa sanitária. Esses fundos têm o objetivo de arcar com despesas e ressarcir os pecuaristas em uma eventual ocorrência da doença. Entretanto, alguns estados, como São Paulo, aguardam a aprovação de projetos de lei para criação do fundo

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Nesse contexto, Perosa destacou que cada estado possui seu próprio “timing”. “Um [estado] tem mais recurso e o outro tem menos recurso. Então, essa questão de alocação de recursos é uma questão muito específica. […] Considerando toda a eficiência sanitária que temos hoje no Brasil, mesmo com um rebanho gigantesco como o nosso, os problemas sanitários representam percentuais insignificantes”, ressaltou.

Anúncio da saída de Camardelli

O anúncio da saída de Camardelli foi feito por ele mesmo no evento Prêmio Apex Brasil: Melhores dos Negócios Internacionais 2024. Ele ganhou na categoria Personalidade Exportadora do Ano e durante o discurso de agradecimento falou sobre o sucessor. 

“A Abiec, hoje, representa 98% das exportações de carne brasileira e esse ano estamos próximos a anunciar a maior exportação de carne do mundo, somando 13 bilhões de dólares e mais de 2,8 milhões de toneladas de carne. E esse é o trabalho de toda a cadeia produtiva. Aos meus colegas, o meu muito obrigado, e ao meu sucessor, o Roberto Perosa, toda a sorte do mundo. Muito obrigado a todos pela reverência”, disse. 

Camardelli está à frente da Abiec como presidente executivo desde 2010. Formado em veterinária, ele já teve passagem por empresas frigoríficas e pelo Mapa. Já Perosa tem formação em Direito e além de secretário foi CEO da Organização das Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).

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