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Economia

Tarifaço pode fechar 146 mil empregos no Brasil em até dois anos, aponta estudo

Na agropecuária, maior impacto será na cadeia de carne bovina, estima a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

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Redação Agro Estadão

06/08/2025 - 11:07

Foto: Adobe Stock
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A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, que entra em vigor nesta quarta-feira, 6, pode gerar um impacto de R$ 25,8 bilhões, no curto prazo, até R$ 110 bilhões, no longo prazo, ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A estimativa é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que divulgou um estudo detalhado dos impactos.

De acordo com a federação, mesmo com a isenção concedida a 694 produtos, o que representa cerca de 45% do valor exportado pelo Brasil ao mercado norte-americano, 146 mil postos de trabalho, formais e informais, deverão ser fechados pelas empresas brasileiras nos próximos dois anos. A perda de renda das famílias pode chegar a R$ 2,74 bilhões no período, aponta o estudo.

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Na agropecuária, as maiores dificuldades, com base no estudo, serão enfrentadas pela cadeia da carne bovina.

Em 2024, o Brasil faturou cerca de US$ 40,4 bilhões aos EUA, o equivalente a 1,8% do PIB nacional – que foi de R$ 11,7 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Metade das vendas externas foi de combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos — que serão afetados pelo tarifaço. Somando os produtos agrícolas, 55% das exportações brasileiras aos Estados Unidos estarão sujeitas à taxação – o equivalente a R$ 22 bilhões.  

Minas Gerais

A pesquisa também fez um recorte para Minas Gerais, o terceiro maior estado brasileiro exportador aos Estados Unidos. A perda no PIB mineiro está estimada em R$ 4,7 bilhões, com redução de mais de 30 mil vagas de trabalho em até dois anos.

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Os maiores prejuízos devem recair sobre siderurgia, pecuária, fabricação de produtos em madeira e de calçados. No ano passado, as exportações mineiras aos norte-americanos somaram US$ 4,6 bilhões, mas, para este ano, a projeção é de queda, já que 63% da pauta mineira ficará sujeita à taxação.

Na visão do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, o caminho para diminuir os impactos negativos da tarifa e fortalecer as relações comerciais com os Estados Unidos é a diplomacia. “A imposição dessas tarifas, ainda que parcialmente suavizada pelas isenções, foi unilateral e sem negociação com o governo brasileiro. É fundamental que o Brasil atue diplomaticamente para ampliar o número de produtos isentos, preservar sua competitividade no mercado internacional e proteger empregos e investimentos nacionais”, disse, em nota.

*Com informações da FIEMG

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