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Pecuária

Trump pede e EUA iniciam investigação contra frigoríficos estrangeiros 

Presidente norte-americano acusa frigoríficos de manipular o preço e elevar a inflação da carne bovina no País

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

10/11/2025 - 12:33

Foto: Adobe Stock
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Está em andamento nos Estados Unidos (EUA) uma investigação sobre frigoríficos suspeitos de manipular os preços da carne bovina, elevando a inflação no País, informou a procuradora-geral norte-americana, Pamela Bondi. O processo ocorre após solicitação do presidente dos EUA, Donald Trump. 

Sem citar os nomes dos frigoríficos, Trump usou suas redes sociais na sexta-feira, 07, para informar que tinha solicitado ao Departamento de Justiça dos EUA a abertura da investigação “sobre as empresas de processamento de carne que estão elevando o preço da carne bovina por meio de conluio ilícito, fixação e manipulação de preços”, escreveu.

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Trump continuou dizendo que “é necessário agir imediatamente para proteger os consumidores, combater monopólios ilegais e garantir que essas corporações não obtenham lucros criminosos às custas do povo americano”. Ainda conforme ele, “os pecuaristas norte-americanos, estão sendo injustamente culpados pelo que está sendo feito por frigoríficos majoritariamente de capital estrangeiro, os quais inflam artificialmente os preços e colocam em risco a segurança do abastecimento alimentar dos norte-americanos”.

O presidente dos EUA disse ainda que os preços do gado no País têm caído “substancialmente”, mas que o da carne embalada subiu. De acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano, no acumulado de 2025, o preço da carne bovina no atacado nos EUA subiu 16% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O analista da Safras&Mercado, Fernando Iglesias, acredita que a situação nos EUA pode acelerar o processo de negociação entre os governos brasileiro e norte-americano para revisão das tarifas adicionais de 50% aplicadas sobre as exportações de carne bovina do Brasil. “A investigação nos EUA não tem efeito aqui no Brasil. Mas, o que pode acontecer é que essa situação do preço da carne acelere esse processo de negociação Brasil-EUA para que a carne bovina seja incluída em uma lista de exceções ou mesmo para que sejam negociadas essas tarifas em relação ao Brasil. Porque realmente a pressão inflacionária lá nos EUA é muito grande em relação aos preços da carne bovina”, afirmou. 

Menos animais e praga devoradora de gado

Conforme noticiado pelo Agro Estadão, parte da alta da carne bovina aos consumidores nos EUA é resultado da baixa oferta de animais, que registra o menor rebanho em quase 75 anos. O cenário é resultado de problemas climáticos registrados no País nos últimos anos. Como consequência de um volume reduzido de animais disponíveis para o abate, há uma menor produção de carne que, entre janeiro e junho deste ano, caiu 2% em relação ao ano passado.

Além disso, há também a suspensão de importação de carne bovina do México — o País vizinho enfrenta um surto de bicheira-do-novo-mundo, praga conhecida como ‘devoradora de gado’. Antes disso, os norte-americanos vinham importando gado vivo mexicano, especialmente bezerros para suprir a escassez no rebanho doméstico, o que também está proibido.

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