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Economia

Projeto de galinheiros comunitários é suspenso no PR após gripe aviária

Decisão foi tomada, segundo a Itaipu, por conta dos riscos sanitários que a criação de galinhas comunitárias pode oferecer ao cenário atual

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

28/05/2025 - 08:00

Possível retomada do projeto dos galinheiros comunitários ainda será avaliada - Foto: FLD/Divulgação
Possível retomada do projeto dos galinheiros comunitários ainda será avaliada - Foto: FLD/Divulgação

A construção dos 64 galinheiros comunitários no oeste e litoral do Paraná está suspensa. A instalação das unidades fazia parte do projeto Opaná: Chão Indígena — iniciativa fruto de uma parceria entre a Fundação Luterana de Diaconia, através do programa Capa, e da Itaipu Binacional, por meio do programa Itaipu Mais que Energia. 

Em ofício enviado ao secretário da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná, Márcio Fernando Nunes, e ao Diretor-Presidente da Agência de Defesa Agropecuária do estado, Otamir Cesar Martins, a Itaipu Binacional comunicou a interrupção do projeto. 

Segundo a companhia, “diante dos riscos sanitários que a atividade de criação de galinhas pode oferecer na atual conjuntura, a equipe gestora do projeto suspendeu a construção de galinheiros e quaisquer atividades relacionadas”. O documento é assinado por Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional.  

O cancelamento das construções ocorre dias após o Brasil registrar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial. Apesar de o caso ter sido confirmado em Montenegro (RS), todo o setor de aves, principalmente do Sul do país, está em alerta. Inclusive o Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do país, chegou a destruir mais de 10 milhões de ovos férteis como medida preventiva contra a influenza aviária de alta patogenicidade.

O coordenador do projeto Opaná, Jhony Alex Luchmann, disse ao Agro Estadão que a suspensão foi necessária para contribuir nos esforços das agências de controle sanitário. “No entanto, a ação também representa um impacto no processo de construção da autonomia da segurança alimentar das comunidades indígenas”, ponderou. 

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Ele reforçou que outras ações do projeto continuarão acontecendo, com o foco na segurança alimentar das comunidades indígenas. Sobre a possibilidade de futuramente retomar o apoio na produção de aves em galinheiros comunitários, Luchmann disse que ainda será avaliado.

FAEP comemora a suspensão

A paralisação da construção dos galinheiros foi comemorada pelo Sistema FAEP. Conforme noticiado pelo Agro Estadão, a Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná já vinha alertando para o risco à sanidade animal e à saúde humana, com o risco de disseminação de doenças. 

Na ocasião, em resposta à preocupação do setor agropecuário, a Itaipu se comprometeu a adotar um protocolo sanitário nas instalações, de modo a proteger a produção comercial paranaense, que movimenta cerca de R$ 40 milhões por ano. 

Para Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP, a vigilância do setor foi fundamental para que as autoridades pudessem tomar a dimensão desse problema. “A avicultura paranaense é uma potência e a suspensão dos galinheiros comunitários é fundamental no sentido de não enfraquecer nossa defesa agropecuária e manter nossa sanidade em dia. Ganham todos os paranaenses com essa medida”, afirmou. 

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