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Economia

Produção de carnes avança com aumento no abate de bovinos, suínos e frangos

O abate de bovinos no 1º trimestre de 2025 avançou 4,6% e impulsiona resultados da pecuária no início do ano

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Redação Agro Estadão

11/06/2025 - 11:21

Foto: Adobe Stock
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A produção animal brasileira apresentou desempenho positivo no primeiro trimestre de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 11, pela Pesquisa Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período, o abate de bovinos alcançou 9,87 milhões de cabeças — alta de 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 1,9% frente ao quarto trimestre do ano passado. Janeiro foi o mês mais ativo, com 3,35 milhões de cabeças abatidas, aumento de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

Segundo o IBGE, esse crescimento foi impulsionado por 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo (+88,38 mil cabeças), Rondônia (+53,25 mil), Pará (+47,85 mil) e Minas Gerais (+34,39 mil). O abate de fêmeas teve destaque, com alta de 11,3%, sinalizando continuidade da tendência observada nos últimos trimestres.

Apesar de queda no número de cabeças abatidas em Mato Grosso (-38,99 mil) e no Rio Grande do Sul (-7,63 mil), Mato Grosso segue liderando o ranking nacional, com 16,9% do total, seguido por São Paulo (10,6%) e Goiás (10,3%).

Suínos

O abate de suínos no primeiro trimestre deste ano registrou alta de 1,6% na comparação anual. No período, foram abatidas 230,99 mil cabeças a mais que no primeiro trimestre de 2024. Porém, houve recuo de 0,8% em relação ao último trimestre do ano passado.

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As maiores altas ocorreram no Rio Grande do Sul (+171,86 mil cabeças), Minas Gerais (+68,96 mil) e Santa Catarina (+67,20 mil). O estado catarinense segue como o principal produtor nacional, com 29,4% de participação. 

Frango

De acordo com a pesquisa, o abate de frangos somou 1,64 bilhão de cabeças — crescimento de 2,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e de 1,0% frente ao trimestre anterior. Santa Catarina (+12,84 milhões de cabeças), São Paulo (+10,81 milhões) e Paraná (+10,45 milhões) lideraram os aumentos. 

No recorde mensal, em janeiro e fevereiro o abate de frangos bateu recordes históricos para o período desde o início da série em 1997.

Considerando o ranking de produção nacional, o Paraná segue como maior produtor, com 34,6% do total, seguido por Santa Catarina (14,0%) e Rio Grande do Sul (11,5%).

Ovos

A produção de ovos de galinha atingiu 1,20 bilhão de dúzias, com avanço de 8,3% frente ao primeiro trimestre de 2024. No entanto, houve um leve recuo de 1,0% em relação ao trimestre anterior. 

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O crescimento foi impulsionado por 25 das 26 unidades da federação incluídas na pesquisa. Minas Gerais (+14,54 milhões de dúzias), São Paulo (+13,95 milhões) e Espírito Santo (+10,62 milhões) puxaram a alta. 

Conforme a pesquisa do IBGE, São Paulo mantém a liderança na produção, respondendo por 25,4% do total nacional.

Ainda conforme o levantamento, nos três primeiros meses do ano, mais da metade das granjas (1.132, ou 55,0%) destinaram sua produção ao consumo direto, respondendo por 83,0% do total de ovos. As demais (925 granjas) produzem ovos para incubação.

Leite cru

A aquisição de leite cru pelas indústrias foi de 6,49 bilhões de litros no primeiro trimestre — alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação com o trimestre anterior, porém, houve recuo de 4,3%.

O preço médio pago ao produtor foi de R$ 2,76 por litro, valor 22,1% superior em comparação com o preço de um ano atrás, mas estável em relação ao último trimestre de 2024.

Couro

A indústria de curtumes também registrou crescimento. Foram recebidas 10,75 milhões de peças de couro bovino no período — aumento de 15,7% sobre o primeiro trimestre de 2024 e de 8,1% em relação ao quarto trimestre do mesmo ano.

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