Economia
Número de cervejarias cresce 5,5% no Brasil em 2024 e chega a quase 2 mil
Anuário da Cerveja 2025, lançado nesta terça-feira, 5, e revelou também que o país tem mais de 43 mil tipos da bebida

Redação Agro Estadão*
06/08/2025 - 09:35

O Brasil alcançou a marca de 1.949 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2024. O dado foi apresentado nesta terça-feira, 5, durante o lançamento do Anuário da Cerveja 2025, uma parceria do ministério com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Em relação a 2023, o país abriu 102 novos estabelecimentos – expansão de 5,5% -, a maior parte em Santa Catarina (25).
O documento aponta, ainda, que estão registradas 55.015 marcas e 43.176 tipos diferentes da bebida em todo o território nacional. São Paulo é o estado com o maior número de cervejarias (427), tendo inaugurado 17 em 2024, e de cervejas (12.803). É, também, o que tem a média mais elevada de tipos de cerveja por estabelecimento (30) – superando a média nacional, que é de 22,2.
O Espírito Santo registrou o maior aumento no número de rótulos no período – passando de 1.221 em 2023 para 1.434 no ano passado. Entre as regiões, o Sudeste é que concentra o maior número de estabelecimentos (889) – 45,6% do total do país.
Ainda conforma o anuário, 790 municípios têm pelo menos uma cervejaria. A média nacional é de um estabelecimento para cada grupo de 109.073 habitantes, sendo que o Rio Grande do Sul tem a maior concentração – com uma cervejaria para 32.177 habitantes.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que participou do lançamento, destacou a qualidade das cervejas brasileiras e que esse fator é um reflexo da excelência do país na agropecuária. “É uma alegria celebrar o setor cervejeiro, uma das grandes paixões nacionais. A cerveja é símbolo de comemoração, mas também representa trabalho, dedicação, qualidade e prosperidade. (…) É gratificante ver o Ministério da Agricultura atuando para fortalecer e valorizar um setor tão importante para a nossa economia e para a cultura brasileira”, afirmou em nota.
Para o diretor executivo do Sindicerv, Márcio Maciel, o anuário evidencia os investimentos contínuos que vêm sendo feitos no setor. “Tanto na produção quanto nas pessoas que fazem essa cadeia acontecer, do campo ao copo. Cerveja é agro, emprego, renda, diversidade, cultura e gastronomia. Cerveja é Brasil”, declarou, também em nota.
Outros dados
O anuário trouxe, também, informações sobre produção, cervejas sem álcool, importação e exportação. Os principais foram:
- O total produzido em 2024 pelas empresas brasileiras foi de 15,34 bilhões de litros – 24,7% desse total é de cerveja puro malte, produzida sem insumos como trigo, milho, aveia, entre outros.
- As cervejas sem álcool (com teor alcoólico inferior a 0,5%) cresceram 536,9% e já ocupam uma fatia de 4,9% do mercado nacional.
- Em 2024, o Brasil exportou 332,5 milhões de litros, 43,4% a mais que em 2023.
- O faturamento com as vendas externas chegou a US$ 204 milhões, crescimento de 31,1%.
- O Paraguai foi o principal comprador, com 66,5% de todo o volume exportado pelo Brasil. E a América do Sul respondeu por 97,7%.
- Já a maior parte das importações vem da Europa – nove dos 15 primeiros colocados no ranking eram do continente. A Alemanha liderou, tendo vendido ao Brasil cerca de 3,2 milhões litros, 42,5% do volume que entrou no país.
*Com informações do Mapa

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