Economia
Exportações do agro capixaba batem recorde de US$ 816 milhões
As exportações do agronegócio no Espírito Santo geraram US$ 816,3 milhões em receitas — o equivalente a quase R$ 4,8 bilhões — no primeiro trimestre de 2025. Esse é o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Em … Continued
Redação Agro Estadão
15/04/2025 - 11:30

As exportações do agronegócio no Espírito Santo geraram US$ 816,3 milhões em receitas — o equivalente a quase R$ 4,8 bilhões — no primeiro trimestre de 2025. Esse é o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, quando foram exportados US$ 647,7 milhões, o crescimento foi de 26%.
O desempenho capixaba ficou bem acima da média nacional. No mesmo período, o Brasil teve um aumento modesto de apenas 2% no valor exportado, além de uma queda de 4,9% no volume total. Já o Espírito Santo embarcou mais de 650,9 mil toneladas de produtos do agronegócio, registrando apenas uma leve retração de 0,35% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior (653,2 mil toneladas).
Principais produtos da pauta exportadora
O complexo cafeeiro mantém a liderança na pauta de exportações do agronegócio capixaba, seguido pela celulose e pela pimenta-do-reino. Juntos, esses três setores responderam por 95% do valor total exportado no primeiro trimestre de 2025.
Em nota, o secretário de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, ressalta que, na pauta de exportação de 2024, o complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar pela quarta vez na história, respondendo por 60% de todo o valor gerado. Em 2025, o setor se mantém na liderança, com aumento no valor exportado impulsionado pela alta dos preços no mercado internacional.
“O café conilon, principal formador de renda no meio rural do estado, foi o grande responsável por alavancar esses resultados. [A variedade] está presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas”, complementa Bergoli.
Variações positivas
As maiores variações positivas em valor comercializado foram para pimenta-do-reino (+164,9%), pescados (+123,8%), café solúvel (+72,4%), carne de frango (+54,6%), mamão (+28,0%), café cru em grãos (+18,4%), chocolates e preparados com cacau (+10,2%) e celulose (9,5%).
Já em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para pescados (+104,2%), carne de frango (+55,9%), pimenta-do-reino (+44,5%), mamão (+26,3%), café solúvel (+20,1%), gengibre (+19,9%), celulose (+3,3%) e álcool etílico (+2,2%).
Os dez principais produtos que se destacar na geração de receitas no primeiro trimestre foram:
- Complexo cafeeiro: US$ 420,4 milhões
- Celulose: US$ 259,9 milhão
- Pimenta-do-reino: US$ 93,9 milhões
- Mamão: US$ 7,8 milhões
- Carne bovina: US$ 6,4 milhões
- Chocolates e preparados com cacau: US$ 4,5 milhões
- Álcool etílico: US$ 3,7 milhões
- Pescados: US$ 3 milhões
- Gengibre: US$ 2,8 milhões
- Carne de frango: US$ 1,8 milhão
- Outros: US$ 11,9 milhões
De janeiro a março, os produtos do agro capixaba foram enviados para 100 países. Os Estados Unidos se destacaram como o principal destino, concentrando 19,3% do valor total exportado, seguidos por Turquia (11,2%) e China (6,8%). Além disso, no primeiro trimestre, o agronegócio respondeu por 34% de todas as exportações realizadas pelo Espírito Santo, reforçando sua importância para a economia estadual.
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