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Economia

5 principais doenças da soja que o produtor precisa conhecer

Ferrugem Asiática, Mancha-alvo, Antracnose, Oídio e Mofo-branco: saiba como essas doenças impactam a soja e os métodos para controle eficiente

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Redação Agro Estadão

01/11/2024 - 11:11

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

A soja é uma das culturas mais importantes do agronegócio brasileiro, sendo responsável por uma parte significativa das exportações e movimentando bilhões na economia. 

Segundo a Embrapa, a área plantada com soja no Brasil foi estimada em aproximadamente 39 milhões de hectares, resultando em uma produção total que ultrapassou 150 milhões de toneladas só em 2023.

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No entanto, os produtores enfrentam diversos desafios que comprometem a produtividade e a rentabilidade, entre eles as doenças que atacam a cultura da soja. 

Doenças que mais afetam a cultura da soja

A lavoura de soja está sujeita à ação de pragas e doenças. Entre as doenças mais comuns e preocupantes estão a Ferrugem Asiática, a Mancha Alvo, o Mofo Branco, entre outras. Conheça as 5 principais doenças e como elas surgem nas plantações.

1. Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi)

A Ferrugem Asiática, ou Ferrugem da Soja, é considerada a doença mais prejudicial à soja no Brasil. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, essa doença é identificada pelas lesões nas folhas, que apresentam pequenas pústulas de coloração marrom-escura. 

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As condições ideais para o desenvolvimento da ferrugem são temperaturas entre 18°C e 26°C e alta umidade, características comuns em várias regiões produtoras do Brasil.

ferrugem da soja
Folhas de soja saudáveis e com ferrugem da soja. Foto: Fernanda Farias/Agro Estadão

A ferrugem pode causar desfolha precoce, o que afeta a capacidade de fotossíntese da planta, resultando em perdas que podem chegar a 90% da produção se não for controlada.

A prevenção é a melhor estratégia, com o uso de cultivares resistentes e o tratamento de sementes. Além disso, o controle químico com fungicidas específicos é necessário, sempre associado ao manejo integrado de doenças. O monitoramento constante é essencial para identificar a doença em estágios iniciais.

2. Mancha alvo (Corynespora cassiicola)

A Mancha alvo é causada pelo fungo Corynespora cassiicola e se manifesta como manchas circulares escuras nas folhas da soja. O desenvolvimento da doença é favorecido por climas quentes e úmidos, sendo uma ameaça constante para os produtores.

mancha alvo
Folha de soja com mancha alvo. Foto: Fernanda Farias/Agro Estadão

A mancha alvo reduz a área foliar fotossintetizante, prejudicando o desenvolvimento das plantas e podendo causar quedas de até 30% na produtividade.

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A rotação de culturas é fundamental para prevenir a disseminação do fungo. O tratamento de sementes e a aplicação de fungicidas também são recomendados para minimizar os danos.

3. Antracnose (Colletotrichum truncatum)

A Antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, afeta principalmente vagens, hastes e folhas da soja. Os sintomas incluem lesões que escurecem e se expandem, podendo levar à morte de plantas em casos graves.

antracnose
Soja com antracnose. Foto: Adobe Stock

Além de reduzir a qualidade das sementes, a antracnose pode causar perdas significativas na produção de grãos, especialmente em anos de clima favorável à doença.

A utilização de sementes certificadas e sadias é o primeiro passo para evitar a antracnose. A rotação de culturas e a aplicação de fungicidas durante a fase crítica de desenvolvimento também são essenciais.

4. Oídio (Microsphaera diffusa)

O Oídio, causado pelo fungo Microsphaera diffusa, é facilmente identificado pela presença de um pó branco nas folhas, que é o micélio do fungo. Climas secos e moderadamente quentes favorecem o desenvolvimento da doença.

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soja com oidio
Folha de soja afetada por oídio. Foto: Adobe Stock

O oídio reduz a capacidade de fotossíntese das plantas, resultando em perdas de produtividade de até 20%, além de provocar queda prematura das folhas.

A escolha de cultivares resistentes é fundamental. O manejo adequado da adubação também ajuda a fortalecer as plantas contra o oídio. Em casos de alta infestação, o uso de fungicidas pode ser necessário.

5. Mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum)

O Mofo-branco é causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e se manifesta como uma camada de micélio branco nas hastes e vagens da soja. Essa doença é mais comum em áreas com histórico de alta umidade e temperaturas amenas.

mofo branco
Mofo branco na soja. Foto: Embrapa/Divulgação

O mofo-branco provoca a morte de plantas e dificulta a colheita, devido ao endurecimento dos escleródios, resultando em perdas de até 50% na produção.

A rotação de culturas e o manejo do solo são estratégias fundamentais. O controle biológico com o uso de agentes como Trichoderm tem ganhado espaço como uma alternativa sustentável ao uso de fungicidas.

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Estratégias de manejo integrado de doenças

Para combater as doenças da soja de maneira eficiente e sustentável, o manejo integrado de doenças é a estratégia mais recomendada. Ele combina várias práticas agrícolas que, quando aplicadas de forma conjunta, minimizam a ocorrência de doenças e reduzem a necessidade do uso de químicos.

Resistência genética: O uso de cultivares resistentes é a primeira linha de defesa contra doenças como ferrugem e oídio.

Tratamento de sementes: A aplicação de fungicidas nas sementes ajuda a prevenir infecções desde o início do ciclo da planta.

Rotação de culturas: Alternar o cultivo da soja com outras culturas dificulta a proliferação de fungos e outros patógenos no solo.

Manejo do solo: A adoção de práticas como o plantio direto e a correção de nutrientes são fundamentais para manter o solo saudável e diminuir o impacto de doenças.

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Controle biológico: O uso de agentes biológicos, como fungos antagonistas, tem mostrado resultados promissores no controle de doenças como o mofo-branco.

Controle químico: O uso racional de fungicidas é essencial para controlar surtos de doenças, sempre respeitando as doses recomendadas para evitar a resistência dos patógenos.

Monitoramento da lavoura e doenças da soja

O monitoramento constante da lavoura é indispensável para a detecção precoce de doenças. As principais técnicas incluem:

  • Inspeção visual: A observação regular da lavoura permite identificar os primeiros sinais de doenças.
  • Armadilhas: Úteis para detectar a presença de insetos vetores de doenças.
  • Sensores remotos: O uso de drones e imagens de satélite facilita o monitoramento de grandes áreas, identificando pontos críticos da lavoura.
  • Plataformas digitais: Softwares específicos auxiliam na gestão da lavoura e na tomada de decisões com base nos dados coletados em campo.

O conhecimento sobre as principais doenças da soja e a adoção de práticas preventivas são essenciais para garantir a produtividade e a lucratividade da lavoura. 

Por isso, a Embrapa tem promovido cursos e treinamentos focados no manejo fitossanitário da soja, abordando temas como: fisiologia vegetal, manejo integrado de doenças e pragas e tecnologias de aplicação de agroquímicos.

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Essas iniciativas visam equipar os produtores com conhecimento e ferramentas para enfrentar os desafios fitossanitários da cultura da soja.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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