PUBLICIDADE

Clima

La Niña: o que esperar do fenômeno climático e como produtores de soja podem se preparar

Acompanhamento da BASF em lavouras do grão de todo o país dá dicas sobre cuidados para minimizar os impactos de efeitos climáticos

Nome Colunistas

Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

06/08/2024 - 08:00

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

Com a proximidade do início da nova safra de soja, a principal preocupação dos produtores é em relação às condições climáticas para esse período. Etapas como a germinação, desenvolvimento e a colheita sofrem menos ou mais com as chuvas ou a falta delas. O que já se sabe é que o La Niña será um dos fatores que influenciarão o clima da safra 2024/2025. 

Segundo a meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, está confirmado que o fenômeno deve acontecer neste ano, porém as previsões vêm indicando que terá uma intensidade de leve a moderada. Além disso, a probabilidade de consolidação do La Niña é maior para o último trimestre do ano. Com isso, há uma grande chance do início do plantio ser mais chuvoso, diferente do ano passado. 

CONTEÚDO PATROCINADO

“Ainda estamos numa fase de neutralidade climática, mas ele [La Niña] vai se formar. Por enquanto, para o início da safra, não devemos ter riscos. A chuva deve chegar dentro do normal. Neste ano, os modelos de previsão já estão indicando algumas chuvas para setembro, entre Sudeste e Centro-Oeste, e em outubro essas precipitações se consolidam”, afirma Brandt ao Agro Estadão.

Dicas de como se preparar para o plantio de soja com La Niña

Historicamente, o La Niña traz mais chuvas para Norte e Nordeste e estiagem para o Sul. Monitoramento da BASF sobre as condições de clima nas lavouras traz dicas de como o produtor rural deve estar preparado para efeitos climáticos deste tipo. Ainda não é certo que essas condições se confirmem, mas é importante estar em alerta, afirma a diretora de Marketing para Sistemas de Cultivo Soja da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF, Graciela Mognol. 

“Podemos ter secas na região Sul do Brasil, principalmente no período inicial, quando o cultivo ainda está se adaptando no solo. Já no Cerrado, especialmente em Mato Grosso, vemos chuvas em excesso, principalmente no momento da colheita. Entender essa complexidade climática é fundamental para que se possa extrair o máximo da lavoura e minimizar impactos”, pondera a diretora. 

PUBLICIDADE

Segundo a empresa, com o La Niña é necessário fazer um planejamento para diminuir riscos  e ter em mente os dados e um acompanhamento com profissionais antes de fazer a compra dos insumos. Além disso, a realidade climática varia de região para região e, por isso, estratégias diferentes fazem a diferença na obtenção de uma produtividade maior. 

Cultivares

A recomendação é que haja uma diversificação de estratégias. Por isso, a BASF enxerga que o produtor pode optar por cultivares que ofereçam estágios de maturação diferentes, aliada a uma dinâmica de semeadura em momentos distintos. Outras dicas são:

  • No Sul – escolher cultivares que possuem um ciclo mais longo (médias ou tardias), pois pode haver um período de estiagem na etapa vegetativa;
  • No Cerrado – eleger cultivares com tolerância maior a doenças de fim de ciclo e que suportem mais umidade nesta fase final pode ser um diferencial para aumentar a produtividade. Isso porque, a época da colheita pode sofrer com a intensidade das chuvas. Além disso, o escalonamento da semeadura também pode ajudar a mitigar o risco de perdas; 
  • Uso de tecnologia e monitoramento – ferramentas como o Xarvio podem trazer um melhor entendimento ao agricultor da quantidade de insumos e sementes que devem ser usadas por área. 

Doenças 

Com mais umidade, aparecem também mais doenças, especialmente, as causadas por fungos. Por isso, a recomendação é fazer aplicações preventivas de fungicidas, já que uma vez instalada, essas doenças são de difícil controle. 

Na confirmação de chuvas mais dispersas no Sul do país, não é bom que o produtor diminua as aplicações devido ao receio de danos nas folhas. Uma redução nessas medidas preventivas pode enfraquecer o controle e um pico de umidade pode fazer com que os fungos se espalhem de forma rápida. 

Neste caso, é possível fazer as aplicações noturnas, para reduzir os efeitos nas folhas dos raios solares e da alta temperatura. Outro ponto que pode ajudar é a escolha de produtos mais seletivos, ou seja, que têm mais especificidade nas ações químicas.

Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Frente fria espalha instabilidades pelo País no fim de semana; veja onde

Clima

Frente fria espalha instabilidades pelo País no fim de semana; veja onde

Há risco de temporais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina; no Paraná, há previsão de chuva forte e rajadas de vento de 40 km/h

Especialistas cogitam aquecimento do Pacífico, mas não confirmam El Niño em 2026

Clima

Especialistas cogitam aquecimento do Pacífico, mas não confirmam El Niño em 2026

Serviço climático dos EUA projeta La Niña até o fim de 2025 com tendência de transição para neutralidade no primeiro trimestre do próximo ano

Novo ciclone traz ventos de 100 km/h a partir de domingo; veja onde

Clima

Novo ciclone traz ventos de 100 km/h a partir de domingo; veja onde

Inmet emitiu alerta de grande perigo para tempestades em áreas do RS, SC, PR e MS; há possibilidade de tornados e risco para áreas agrícolas

Chuvas impulsionam safra, mas excesso preocupa em MG, MT e GO

Clima

Chuvas impulsionam safra, mas excesso preocupa em MG, MT e GO

Inmet projeta boa umidade no Centro-Oeste e Sudeste, mas alerta que déficit hídrico persiste no Amapá, Roraima e em parte da Bahia e Pará

PUBLICIDADE

Clima

La Niña: atraso da soja acende alerta para o milho safrinha

Rio Grande do Sul volta a ser o ponto de atenção com o avanço do fenômeno, mas consultoria destaca que potencial produtivo segue elevado

Clima

Tornado destrói granja de suínos e produtor cobra alertas mais precisos

Com ventos de 250 km/h, tornado arrasou granja, matou animais e devastou lavouras no centro-sul do Paraná; veja as imagens

Clima

Com ventos de até 330 km/h, tornados destruíram propriedades rurais no Paraná

Em Guarapuava e Candói, tornado atingiu granja de suínos e arrancou barracões, silo e casas; chuva retorna a partir de quarta-feira

Clima

Tornado devasta Rio Bonito do Iguaçu e deixa ao menos cinco mortos no Paraná

Análise dos danos e imagens de radar indicaram ventos entre 180 km/h e 250 km/h, mas há indícios de picos acima de 250 km

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.